89 dias sem vencer, somente dois triunfos em casa. Antes mesmo de encerrar o campeonato, já podemos cravar que é a pior campanha do Vitória no Barradão na era dos pontos corridos.
Nas duas últimas derrotas, o Vitória sofreu o primeiro gol antes dos 10 minutos e foi obrigado a mudar completamente o plano de jogo para buscar o resultado.
Contra o Atlético/GO, o time de Mancini sofreu um gol naquilo que faz de melhor fora de casa: Em uma bola longa para Walter, que resultou num passe para o meio da área. Na hora do chute, eram três atacantes atleticanos contra três defensores.
A partir daí, o Vitória subiu a marcação e passou apertar o time goiano, mas fazia no modo 2016: Abria os pontas e circulava a bola entre os volantes buscando, na virada de bola, superioridade numérica para ultrapassagem do lateral ou para jogada individual dos pontas; Um time sem articulação por dentro e dependendo dos chutes de média e longa distância para marcar. O que aconteceu com José Welison no segundo tempo.
A falta de meias de qualidade no elenco é sintomático. No primeiro semestre foi marcado pela falsa esperança em jogadores em fase decadente na carreira. Esperança essa cultivada por um diretor fora do mercado a 11 anos, que contratava pela cabeça dele, afastando qualquer analise de desempenho dos atletas.
Dos meias, somente Cleiton Xavier permanece no elenco e no banco, consumindo algo em torno de 350 mil reais por mês. O primeiro semestre deixou um rombo de 5 milhões só em salários e um elenco frágil para o Brasileiro.
Agora é preciso lamber as feridas e remobilizar o elenco para os últimos sete jogos. Vencer cinco e se garantir na série A. É o desejo de todos os rubro-negros.