O treinador Marcelo Chamusca concedeu entrevista coletiva na Toca do Leão após o empate em 1×1 do Vitória com o Ceará. Dentre os temas, o comandante rubro-negro analisou o desempenho do time em campo.
Para Chamusca, o Ceará foi melhor na partida. “Acho que taticamente o jogo não foi ruim. Adversário foi superior, estava mais descansado. É um time que tem grande investimento. Nosso trabalho era para superar todas as dificuldades e tentar vencer o jogo. A gente esteve próximo porque estava ganhando, tomou gol no segundo tempo”, comentou.
Para Marcelo Chamusca, as duas partidas feitas com o sub-23 não podem entrar em análise. O treinador foi questionado por um repórter sobre a estatística de 4 empates em 4 partidas e se descontrolou. “Dois empates contra dois adversários de Série A. Os dois outros empates foram com o sub-23. Eu não estava à frente e não tinha nenhum atleta desse grupo. Os dois últimos jogos foram contra Bahia e Ceará, com investimento muito alto, estão jogando Brasileiro e com uma coincidência: os dois deram continuidade ao trabalho do ano passado”, falou o treinador, irritado. Devido a algumas interrupções de outros profissionais de imprensa, Chamusca chegou a ameaçar deixar a coletiva, mas logo tudo se acertou e a entrevista seguiu.
Outra questão abordada na entrevista foi sobre os protestos realizados pela torcida no Barradão. O treinador do Vitória acredita que fatores externos abalam a equipe, mesmo buscando blindar os jogadores. “Falar que o entorno, que é a torcida, opinião de vocês não tem interferência na performance, não está desassociado. O que a gente procurou fazer foi concentrar e focar nesse jogo contra o Ceará. A gente teve problemas em relação a lesão de jogadores, tinha um planejamento de colocar Erick no jogo de hoje, mas passou a semana tomando antibiótico, não tinha condição de jogar 90 minutos. As possibilidades que tinha foram muito prejudicadas por essa série de questões. A gente trabalhar o time, concentrar, focar, dar o suporte e confiança necessária”.
Chamusca também falou sobre o calendário do futebol brasileiro e a falta de tempo de preparação. “Empatamos hoje em uma circunstância que perdemos duas noites. Uma para ir para São Luís, outra para voltar. Não tivemos tempo suficiente. Isso no sol que a gente jogou. Só isso que estou querendo falar. Só quero mostrar que minha equipe foi castigada pelo calendário, tem o desgaste emocional pelo jogo de quarta-feira, a gente acabou quase meia noite, saímos 3h pro aeroporto. Foram duas noites perdidas, isso tem um peso. Não tenho nada a ver com quem foi, quem não foi. A viagem trouxe um desgaste físico. Esse desgaste físico tem interferência no rendimento hoje”, afirmou.
Se o tempo era problema, agora não será mais. O Vitória terá oito dias para se preparar visando a próxima partida, que será contra a Juazeirense, em Juazeiro, no próximo domingo (24), às 16h, no estádio Adauto Moraes, pelo Campeonato Baiano.