Para manter sua invencibilidade, o Vitória começou a partida marcando bem a saída de bola do ASA, e a estratégia surtiu efeitos. Só no primeiro tempo, foram 3 gols, sendo 2 (Renato Cajá duas vezes) para o Vitória e 1 (Chiquinho) para os alagoanos. No segundo tempo, o ASA voltou mais determinado a empatar a partida.
Para começar
Tarde de sol no Barradão após dias de céu nublado em Salvador. O Santuário não tinha muitos fiéis, mas nem por isso a equipe do Vitória não deixou de se aproveitar da campanha pífia – ainda sem gols marcados – do ASA no campeonato. O time de Caio Jr. optou entrar na partida marcando sob pressão a saída de bola dos alagoanos. A estratégia rapidamente surtiu efeito: logo aos 9 minutos de jogo, quando Neto Coruja penetrou na defesa apertada dos alagoanos e tocou rasteiro para Marquinhos, que fez o corta-luz para Renato Cajá abrir o placar no Barradão.
Com 1×0 contra, o ASA decidiu partir um pouco para cima, foi quando Léo Gamalho teve a oportunidade de igualar o marcador e desperdiçou a jogada. Esperto, o técnico rubro-negro deu a ordem de que o time focasse mais no jogo pelo lado direito, aproveitando-se da dificuldade técnica de Chiquinho Baiano, que voltava de contusão.
Jogando de forma objetiva e visando o ataque sobre a defesa exacerbada do ASA, aos 25, o Vitória consegue elastecer o placar ao seu favor: 2×0, e Renato Cajá de novo, após receber um lançamento matemático de Marcelo Nicácio.
Foi quando correndo para o fim da primeira parte que o ASA começou a querer mudar o cenário do jogo. Após a saída de Rodrigo Dantas, por lesão, e a entrada de Thalysson, o time de Alagoas começou a sair para o campo defensivo do Vitória com muita troca de passes. Aos 39 minutos, o ASA conseguiu fazer o seu primeiro gol na Copa do Nordete: numa falta de dois lances, Didira tocou para Chiquinho Baiano, que encheu o pé contra a barreira do Vitória. A bola desviou, porém não foi o necessário para fazer a bola sair do caminho do gol.
O gol do ASA se fez necessário para que a equipe visitante pressionasse mais o Vitória, contudo a partida foi para o intervalo com o placar favorável aos baianos: 2×1 para os donos da casa.
De volta ao jogo
No início do segundo tempo, Caio Júnior até tentou surpreender a equipe adversária, mas o jogo entrou no ostracismo. A entrada de Nino Paraíba na lateral direita – no lugar do jovem Dimas – não assustou muito a defesa do ASA, haja visto que o experiente lateral-direito do Vitória apresenta um jogo mais ofensivo com lampejos de arrancadas e penetrações na defesa adversária.
Ainda aos 29, Coruja tentou aumentar o placar para o Leão, mas sem sucesso. Dos 17 minutos até a reta final da partida, o jogo, definitivamente, foi para espectador sentar na arquibancada e pedir uma água. Os dois times se entrocavam bastante no meio do campo, ninguém atacava. Com isto, os dois treinadores decidiram mudar aos 30 minutos de jogo: o autor do único gol do ASA, Chiquinho, saiu para dar oportunidade à Filipe. Pelo Vitória, Fernando Bob entrou na vaga de Mineiro.
Terminando o jogo, os dois times começaram a arriscar mais. Mas ninguém conseguiu mudar o placar, nem com 4 minutos de acréscimo.
Em Salvador, quem perdeu de ver Forfun no Verão Coca-Cola, pôde presenciar mais um triunfo do Vitória no campeonato e a liderança isolada, fazendo uma das melhores campanhas da história do Nordestão até então com 3 vitórias em 3 jogos.
VITÓRIA 2 x 1 ASA
Vitória: Deola; Dimas (Nino Paraíba), Gabriel Paulista, David Braz e Mansur; Rodrigo Mancha, Neto Coruja, Mineiro (Fernando Bob) e Renato Cajá; Marquinhos (Alan Pinheiro) e Marcelo Nicácio. Técnico: Caio Júnior.
ASA: Gilson; Osmar, Tiago Garça, Edson Veneno e Chiquinho (Filipe); Cal (Geovane), Basílio, Marcus Vinícius e Didira; Rodrigo Dantas (Thalysson) e Léo Gamalho. Técnico: Leandro Campos.