Já vice-campeão da Copa do Brasil de 2010, o Vitória acabara de passar por um dos momentos mais deslumbrantes de sua história centenária. Logo após, em meados de agosto do mesmo ano, a Diretoria rubro-negra decidiu propiciar melhorias no campo do Barradão: inicia-se mais uma reforma, pelo menos no gramado.
Não era a primeira vez que o gramado sofria melhorias, o mesmo ocorreu no início do ano de 2009. E adivinha? Para sanar os mesmos problemas: a recuperação de um gramado verdinho para um lamaçal característico de campos de clubes de várzea.
Quem vê de longe, pensa que o clube preocupa-se estonteantemente com o seu Santuário. No entanto, quem vê de perto, sabe que de estonteante as ações da Diretoria não tem praticamente nada. Sabemos que as reformas são para sanar problemas que se repetem todos os anos no Barradão. Afinal, todos os anos chove em Salvador, e o gramado da Toca é sensível à chuva, ou melhor, é anti-chuva. A desculpa é sempre a mesma: “Choveu, é coisa da natureza. Não podemos fazer nada”. Desculpa falha, pois na mesma cidade temos o estádio de Pituaçu e, incrivelmente, o gramado de lá continua praticamente intacto após receber pancadas de chuva. Ou será que pelo lado de Canabrava a chuva é ácida? Respondam-me esta questão, meteorológicos.
Sim. Em menos de onze meses, o Vitória terá que sair de seus domínios mais uma vez para dar espaço a “salvadores de gramados”, “salvadores” estes que de “solucionadores” não tem nem o sobrenome. Dinheiro é gasto nesta brincadeira, claro. E o fruto disto dura umas quatro partidas, ou apenas uma única chuva daquelas que você toma até sem guarda-chuva.
Surge mais uma pergunta para este texto: Por que não um gramado inteiramente novo? Artificial, será que “rola”? Bom, realmente é até uma atitude meio “burrística”, a desses Diretores, que ao invés de viverem pagando reformas e mais reformas naquele pseudo-gramado, deveriam mesmo era juntar mais um pouco de grana – isso se já não tiver em nossos cofres – e obter um gramado inteiramente novo. Queria entender quem é o desfavorecido de inteligência nesta história. Se somos nós, que pagamos e acreditamos mais uma vez que será uma reforma solucionadora, ou eles, que pegam em tanto dinheiro, mas preferem realizar mais uma reforma que o verbo “resolver” é um objeto inexistente.
Claro que esperamos por uma solução, e não por uma melhoria temporária. Até porque ter o gramado de seu Santuário sendo chamado de “pasto enlamaçado” por críticos do esporte, a exemplo de Juca Kfouri, é um tanto vergonhoso.
Para tentar finalizar, veja que cômico: “No campo da luta, tu és o melhor” (trecho do hino antigo do Leão). Num campo deste naipe, é difícil ser um campo de luta e mais difícil ainda ser o melhor. Interessante, não é?!
Lembrando que a partida entre Vitória x Bragantino, pela 10ª rodada da Série B, no dia 8 de julho, será realizada na “casa” do rival, em Pituaçu, devido a tal reforma.
Parabéns, formulo votos de êxitos nos seus anseios. Espero que esta falta de cuidado não seja já uma armação para que no futuro comecem a divulgar que o nosso estádio éinviável, argumentos diversos serão divulgados, a fim de que facilitem a inviabilização do Barradão, com o único objetivo de participar do projeto do novo e desnecessário estadio da fonte nova. Os gastos pelo Estado seriam muito mais importante, se o fizessem em Escolas, Hospitais, treinamentos de policiais e salários dignos para os Educadores, Médicos, Enfermeiros e o pessoal da Segurança.
Infelizmente, a política que o Brasil adotou há décadas é a do pão e circo. Lembra de Roma, que tinha um povo à base de pão e eventos nos grandes Coliseus romanos? Pois é, no Brasil o povo vive à base de pequenas quantias dadas pelo governo (Bolsa Família etc) e eventos onde são gastos valores exorbitantes, a exemplo de Olimpíadas e Copa do Mundo.
Só que em contrapartida, a Diretoria do Vitória deve pelo menos aproveitar a oportunidade dada. Se continuarmos com o orgulho de ter um estádio nosso, que só recebe reformas paliativas e quase sempre ineficazes, ao invés de sermos racionais e ficarmos com o melhor, que é o caso da Fonte Nova após a reconstrução, será de grande proveito.
Muitos clubes brasileiros terão estádios de Copa do Mundo, enquanto o Vitória continuará num estádio totalmente atrasado – pelo menos será isso se não acompanhar a renovação dos demais – ou, no mínimo, com um estádio que terá de “inovador” uma simples cobertura e cadeiras vermelhas e pretas?
Pensemos, torcida. Raciocinemos.
Muito obrigado pelos votos e pela sua presença nos comentários dos nossos artigos.
Boa tarde,
meu jovem gostei muito do seu cometario…
sou toecedor rubro-negro e moro aqui em sampa a 21anos e se tem uma coisa que eu tenho vergonha é do nosso gramado do barradao,vejo todos os jogos pelo ppv.
este gramado está horrivel velho, porque que em pituaçu não aconteçe isso, a diretoria tem que fazer alguma coisa é uma vergonha para um time da grandeza do nosso VITORIA…
um abraços a todos torcedotres do meu VITORIA pelo nosso brasil…
Realmente, meu caro, o gramado do nosso Santuário é uma vergonha. Se duvidar, existem times de menor expressão que tem um gramado melhor que o do Barradão.
O problema maior não é nem o gramado, na minha opinião. E sim a administração em relação com o mesmo. Vejamos: uma reforma em 2009, outra em 2010 e mais uma neste ano. Foram três reformas que os gramados tiveram os mesmos problemas e quase que no mesmo período.
Ou trocam inteiramente por um novo – o que eu espero que estejam fazendo isso desta vez –, ou pelo menos façam uma reforma de qualidade, e não mais uma operação “Tapa Buraco”.
Bom ressaltar o Pituaçu que, incrivelmente, está na mesma cidade, recebe as mesmas pancadas de chuvas e está lá praticamente intacto. Culpa da chuva não é. Isso é fato! Já não sei sobre a qualidade do gramado…
Fico grato pelo elogio e, principalmente, pelo comentário, pois sem eles eu não continuaria escrevendo matérias e tentando melhorá-las a cada dia.
Bom dia! Ramon…
é isso cara, estamos fazendo a nossa parte,espero que a diretoria faça a dela.
um abraço e um bom feriadao.
Exato. Agora nos resta esperar qual será a atitude da Diretoria em relação ao gramado e, principalmente, no tocante Clube.