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Em entrevista exclusiva ao Arena, Maxi diz crer em título nacional e Libertadores

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O argentino prega humildade e afirma estar muito satisfeito com o carinho da torcida.

Durante alguns dias, a equipe do Arena Rubro-Negra esteve engajada em realizar, com exclusividade, uma entrevista com o atual destaque do plantel rubro-negro. Sim, ele mesmo, o atacante Maximiliano Biancucchi. E conseguimos “trazê-lo” na íntegra, sem medir palavras,  em uma entrevista repleta de curiosidades, promessas e elogios ao Vitória e à torcida. Boa leitura!

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Arena Rubro-Negra: Na sua carreira, Maxi, você defendeu as cores de vários times paraguaios, mas no Brasil seu histórico é enxuto, tendo passado apenas pelo Flamengo. Diante deste cenário, qual a principal diferença entre sua passagem pelo Flamengo e agora pelo Vitória? O que lhe marca – ou marcou – mais no rubro-negro da Bahia?

Maxi Biancucchi: Naquela época, eu era novo (21 anos), tudo era estranho para mim e ainda não entendia o português. Enfim, foi mais complicado. Tinha iniciado muito bem, mas perdi logo espaço devido a uma lesão. E lembro-me que, na minha cabeça, eu ficava chateado e me desanimava bastante porque queria jogar. Acho que hoje estou mais experiente por causa dos campeonatos que disputei (Libertadores, Copa Sul-americana, campeonato mexicano…) que sem dúvida ajudaram no meu crescimento futebolístico. Aqui encontrei uma equipe qualificada e um grupo muito bom, que ajudou à minha adaptação ser mais rápida. O que mais me marcou até agora foi o título baiano conquistado depois de dois anos de jejum. Chegar e ser campeão é muito bom para ter confiança como equipe para enfrentar o Brasileirão, além do carinho do torcedor que recebi em pouco tempo. Isso tudo é uma motivação muito grande.

ARN: Diante do rendimento do time até a pausa do campeonato nacional, onde o Vitória alcançou a vice-liderança com 66,7% de aproveitamento, você acha que o plantel tem condições de manter o bom aproveitamento entre os líderes do Brasileirão até o fim da competição?

MB: Acho que estamos no caminho certo. Sabemos as dificuldades que vamos ter, porém vamos continuar neste ritmo. Teremos jogos que vamos ganhar, empatar e perder, mas com paciência e trabalho eu acredito que podemos lutar até o final. E precisamos de todos e vocês. Os torcedores são muito importantes para que todos nós juntos coloquemos esse clube na história!

ARN: No ano de 2013, a diretoria rubro-negra decidiu investir em peças estrangeiras, dentre elas, além de você, o argentino Escudero e o paraguaio Cáceres. Jogar com eles chegou a ajudar na sua readaptação ao futebol brasileiro depois de tantos anos?

MB: Olha, sempre tive companheiro argentinos no Flamengo, e até chilenos. É bom porque a gente brinca mais “soltos” por causa da língua. Acho que é importante. Fico feliz de ter eles como companheiros.

ARN: Com quatro gols marcados em cinco partidas, você é, juntamente com o atacante Fernandão, do time rival, o artilheiro do campeonato. E todo este brilho e sede de gols, pouco vislumbrado pelos últimos atacantes que passaram pelo Vitória, torna cabível a torcida acabar lhe dando o título de craque do plantel. E diante disto, você está preparado para ser o novo ídolo da torcida rubro-negra e conseguir levar nas costas essa responsabilidade até o fim de sua passagem pelo Vitória?

MB: Eu não penso nisso, eu entro em campo para fazer o melhor, o que o treinador me pedir, ajudar a equipe a conseguir os resultados. É uma honra para mim todo o carinho do torcedor. E podem me chamar do jeito que quiserem, que continuarei focado no trabalho e nos objetivos.

ARN: O seu enfático desempenho no clube vem sendo adorado pela mídia e pelos torcedores. Mas e se você pudesse avaliá-lo, como o avaliaria?

MB: Sempre me dedico e trato de fazer meu melhor, mas as etapas são diferentes. Eu acho que estou vivendo uma etapa preparada por Deus para a minha vida. Tudo foi difícil na minha carreira, mas nunca desisti, apesar das dificuldades. Afinal, aqueles que entregam a vida a Jesus têm tudo recompensado.

ARN: Maxi, deixando de lado um pouco a parte jogador e adotando um olhar mais técnico, você acha que seria possível aplicar no Vitória um padrão de jogo mantido na raça como o utilizado nos mais tradicionais times argentinos? E, além disso, acolher uma postura de união entre os atletas dentro e fora de campo pode ser uma fórmula de sucesso para o Leão?

MB: Bom, na verdade, nós, estrangeiros, ajudamos com nosso jeito, porém o mais importante é ter o que estamos tendo, que é ordem tática, dedicação, companheirismo dentro de campo etc. E o trabalho feito pela comissão técnica [do Vitória] é muito bom!

ARN: Na estreia da Arena Fonte Nova, o Vitória escrachou o seu arquirrival, o Bahia, com o histórico placar de 5 a 1. Naquela ocasião, você marcou um lindo gol de cobertura. E então, o que passou na sua cabeça após aquela obra-prima?

MB: Era o jogo que eu queria converter meu gol e ficar marcado na história por tudo o que representa. Fiquei feliz por isso e mais ainda porque serviu para ganhar e continuar crescendo como equipe.

ARN: Foi complicada a sua adaptação na capital baiana?

MB: Na verdade, não. Eu sou muito de ficar em casa com minha a família, então é muito mais fácil. No começo, minha filha de 3 anos não queria ir na escolinha porque não entendia, só que hoje ela já se acostumou.

ARN: Vinte e oito anos, nove clubes, títulos internacionais e até um estadual na Bahia. Já é uma grande experiência! Contudo, essa mesma experiência você chega a repassar para os jogadores mais novos do plantel rubro-negro?

MB: Acho que a melhor maneira de transmitir coisa boa para os mais novos é dentro de campo! Não adianta falar no vestiário e depois não fazer. Os líderes verdadeiros são os que transmitem com sua própria vida.

ARN: A torcida quer saber: já houve algum contato ou interesse do Vitória na sua renovação contratual?

MB: Ainda não, mas não é momento para isso! Eu deixo para meu empresário esse trabalho. O meu é me dedicar ao máximo dentro de campo.

ARN: Maxi, a torcida tem percebido claramente sua vontade de querer progredir com o time dentro de campo, de trazer bons resultados e fazer história. Conte-nos: afinal, qual é a sua intenção no Vitória? O que você enseja, e não apenas sozinho, mas como um dentro do todo?

MB: A minha intenção e ser campeão com essa camisa. A gente já ficou na história com o estadual, mas eu creio que podemos levar o time para a Libertadores e acredito que podemos ser campeões brasileiros.

ARN: Por fim, deixe sua mensagem para a nação rubro-negra:

MB: Bom, galera, obrigado pelo grande carinho, estou muito feliz de pertencer a um grande clube com uma grande torcida, e desejo continuar dando grandes alegrias a todos vocês. Deus abençoe!

Entrevista realizada em parceria com o redator Vinícius Magalhães e perguntas de toda a equipe.

Foto: Arte/Arena Rubro-Negra


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