Antes de mais um treino visando o clássico deste domingo (9), na Arena Fonte Nova, o capitão Willian Farias foi o entrevistado desta tarde na Toca do Leão. O volante comentou sobre diversos assuntos e, como de costume, foi enfático nas respostas. Inicialmente, o questionamento foi a respeito da importância do retorno da torcida mista em parte do estádio.
“Sem dúvida, até porque nas famílias nem sempre se torce pelo mesmo time. É fundamental, eu acho que o futebol cresce a partir dessas condutas, até mesmo do próprio presidente, tanto do Vitória quanto do Bahia, informando isso, estarem juntos nessa batalha pelo respeito. É lógico que o clássico mexe bastante com o torcedor, com a cidade, mas nada vai acabar se um for derrotado e o outro (sair) vitorioso, um pouco menos ou um pouco mais de pressão ou um lado ou de outro. Que esse seja um temperinho a mais, e que o futebol possa crescer ainda mais”, disse.
Sobre a quantidade de jogos decisivos deste mês de abril, e se isso pode afetar o desempenho dos jogadores na partida, a real importância dada ao jogo, Farias afirmou que nada vai mudar.
“Vale bastante coisa. A torcida vai nos cobrar, a diretoria também quer ganhar, nós queremos ganhar. A gente é movido a esse tipo de situação: decisões, clássicos… É bom pra nós, pra vocês, pra quem vai tirar foto, quem vai estar no estádio. É difícil falar que não vai valer nada. Talvez para o campeonato, mas para nós vai valer muita coisa. Não podemos nem pensar na decisão de quinta-feira, porque temos de respeitar o clássico Ba-Vi, a dimensão e a grandeza que é”, afirmou o camisa 5.
Sobre a equipe adversária, Willian Farias abordou alguns pontos que requerem atenção.
“É uma equipe equilibrada, tanto aqui como lá têm jogadores de qualidade, jogadores que apenas numa jogada podem definir a partida. Vamos fazer de tudo para vencer os duelos, a gente sabe que clássico é bastante estudado, tenho certeza que eles estão estudando a nossa equipe, acho até que o próprio treinador deles já falou isso, que tem acompanhado alguns jogos nossos, a gente da mesma maneira, acaba assistindo os jogos. Faremos de tudo para vencer os duelos: o meu sobre o meia adversário, o nosso zagueiro sobre o atacante, o nosso atacante sobre o zagueiro deles. No meu ponto de vista, clássico é assim, é detalhe, duelo individual, e talvez uma jogada que surpreenda, já que esses clássicos são muito estudados”, afirmou.
O capitão comentou também sobre a marcação que será exigida sobre o meia Régis, que vive bom momento.
“É difícil falar. É um jogador de qualidade, vou ter que marcar ele. Não individual, mas (será) especial a marcação em cima dele, porque é um jogador diferenciado, um meia que tá fazendo bastante gol. Pode ser também o diferencial da equipe deles, mas talvez não seja esse setor que vai decidir o jogo. Como já falei, clássicos são duelos. Que o Vitória possa ganhar o maior número possível de duelos, que assim tenho certeza que a gente vai pode sair com um resultador melhor de lá”, disse.
O volante foi questionado também sobre o clima vivido pelo rival.
“Como falei, é uma equipe equilibrada. A gente sabe que lá, eles vão ter o apoio da torcida, são fortes, mas nós, no ano passado, também já ganhamos jogos lá, fomos campeões lá. A gente tem de encarar dessa maneira, vencer cada duelo”, enfatizou.
O último questionamento foi acerca do último Ba-Vi disputado, válido ainda pelas finais do Baianão 2016, onde houveram cinco expulsões (inclusive jogadores do banco de reservas) e nove cartões amarelos.
“São atitudes. As atitudes foram pra expulsão e o árbitro fez o papel dele, não quer dizer que o jogo foi violento. Atitudes assim, o árbitro vai estar lá para fazer o trabalho dele, e eu duvido que alguém vai tirar o pé”, finalizou.
O clássico Ba-Vi, válido pela primeira fase do Campeonato Baiano 2017, acontecerá neste domingo (9), às 16 horas, na Arena Fonte Nova.