A torcida do Leão está inquieta com a falta de jogos do Rubro-Negro na temporada, apenas cinco jogos até agora e mais de 10 dias entre um jogo e outro em alguns momentos. Mas será que a pouca quantidade de disputas é benéfica ou maléfica para os jogadores que estão no campo?
Para alguns, o número baixo de competições pode aumentar o foco dos atletas, já que, até então, o Vitória só está na disputa do Campeonato Baiano porque não se classificou para a Copa do Nordeste. Para outros, a ausência de partidas afeta o ritmo de jogo e o entrosamento dos jogadores em início de temporada.
Para desvendar esse problema, o Arena Rubro-Negra procurou pessoas ligadas ao esporte e ao Vitória para colher informações qualificadas. Para o preparador físico do Vitória, Rodrigo Santana, a falta de jogos “aprimora as valências físicas e você consegue individualizar melhor as cargas de treinamento, sempre alinhado com o trabalho do treinador”.
Porém, segundo Rodrigo, se a quantidade de tempo ultrapassar uma semana sem jogos oficiais, como aconteceu até a partida deste sábado contra o Atlético de Alagoinhas, ás 16h, o ideal é “buscar jogos-treino para mantermos os atletas com ritmo de jogo”. O Vitória empatou por 1 a 1 contra time sergipano na última sexta.
Para o educador físico, Alex Maia, a máxima do “treino é treino, jogo é jogo” existe entre os atletas. Segundo Alex, da Salvador Assessoria Esportiva, na hora do jogo, o atleta vai para um intensidade muito superior a do treino. “Na hora do jogo tem um componente emocional que influencia muito no rendimento e sem jogo, o jogador não leva o corpo àquela intensidade. Por outro lado, quando tem muito jogo, você leva o corpo a um estresse muito grande. O que deve existir é um meio-termo. Um jogo a cada seis, sete dias”.
A fala de Alex é compartilhada pelo treinador e atual assistente técnico do Vitória, Ricardo Silva. “No treino é uma coisa, no jogo é outra. Você tem sim mais responsabilidades, você não pode errar.”
Opinião
Ou seja, torcedor. Para além dos prejuízos financeiros e de credibilidade de um clube como o Vitória não participar da Copa do Nordeste, da qual é o maior campeão, o baixo número de jogos impacta também na atuação dos atletas, ainda mais em um momento de início de temporada com tantos novos jogadores no plantel.
Talvez por isso o futebol do Leão especialmente no último jogo contra o Vitória da Conquista tenha sido abaixo do esperado nesse momento. É esperar e torcer para que as estratégias da comissão técnica e preparadores físicos façam efeito e o futebol tenha o seu brilho no próximo jogo contra o Atlético-BA. É disputa por G-4 no Baianão.