O duelo dos desesperados, esta foi a tônica do confronto entre Vitória e Internacional, na noite de quinta em pleno Beira-Rio. Argel pôde contar com praticamente todos os atletas que vinham jogando, exceto Victor Ramos (suspenso pela diretoria), enquanto que Roth buscava seu segundo triunfo consecutivo como mandante.
A primeira metade de jogo mostrou um Leão compactando suas linhas (apesar da manutenção do encaixe individual de marcação). Sem a bola a equipe era esboçada num 4-4-2, com Marinho e Kieza abertos (inibindo a descida dos laterais colorados), Cárdenas e Zé Love na última linha. O time se comportou bem defensivamente, cedendo poucos espaços, marcando melhor a linha de passe do adversário e roubando bolas na intermediária. Mesmo pecando muito no último passe e conclusão das jogadas criou as principais chances do primeiro tempo.
Na segunda metade de jogo prevaleceu a filosofia de Argel, com a definição do jogo em poucos bolas, através de uma jogada ensaiada pelo alto (nunca explorada em outras oportunidades) . Sem a posse as duas linhas ainda permaneciam, mas agora com uma inversão de posicionamento, Love abrindo pelo canto e Kieza ocupando a linha de ataque ao lado de Cárdenas. Como era previsto o time mandante pressionou bastante, mas felizmente o Rubro-Negro soube suportar as investidas do adversário.
A mudança no comando técnico sinaliza uma virada de comportamento da equipe. Fica a expectativa de ver 11 jogadores jogando com mais competitividade, que mesmo não encantando, cedam menos espaços ao adversário e consigam os resultados. Ainda é cedo, mas o duelo desta vigésima quinta rodada acendeu a luz verde no fim do túnel vermelho e preto.