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O retorno do último ato

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O último ato

Domingo, 05 de dezembro de 2010

Este seria mais um dia comum, como qualquer outro deste ano por quase todos os fatores, como as sucessões dos dias e das noites, por exemplo. Mas esse dia de hoje será muito mais que um simples domingo.

Nesta tarde, às 16 horas, no estádio Manoel Barradas, conhecido popularmente como “Barradão”, situado em Salvador, cerca de 35 mil corações rubro-negros estarão pulsantes, apreensivos, fervorosos, nervosos, afinal, o Esporte Clube Vitória joga o futuro do próximo ano, que tem dois caminhos: permanecer onde está ou seguir para um caminho obscuro onde rondam várias sombras.

À seu favor, tem sua casa, a força de sua imensa torcida, que lotou todos os últimos jogos nesta difícil etapa de luta contra o descenso e, claro, os jogadores supervisionados pelo técnico Antônio Lopes. Do outro lado, vem o também ameaçado Atlético Goianiense, que se vacilar, quem vai para a zona é ele.

Chegamos, enfim, à última rodada do Campeonato Brasileiro mais acirrado dos últimos anos, com chances para diversas equipes em várias competições (queria eu não ter visto o Vitória uma única vez no grupo dos 10 últimos, em 2010), mas temos de encarar os fatos para com suas realidades.

Por tudo aquilo que o Vitória deixou de fazer neste ano, chegamos nesta situação. Para quem lê, sendo rubro-negro ou não, parece mais um relato “choroso”, mas não é! Infelizmente, quando, em muitas vezes, os torcedores pediram reforços mais substanciais para compor o elenco, estes tão prometidos, principalmente após a perda da Copa do Brasil, não vieram. O que vimos foram sucessivos erros, mas essa não é a hora para falar nisso.

O que importa é que até o apito final, por volta das 17h50, no Barradão, 35 mil pessoas estarão centradas num único pensamento: FICA, VITÓRIA! SEU LUGAR É NA SÉRIE A!

Tenham todos um bom dia! E que ao fim deste dia, continuemos onde estamos!

Postado em ArenaRubroNegra.blogspot.com , às 07:53, do dia 10/12/10.

2012 – Eis que o último ato retorna, mas o resultado tem tudo para nos ser favorável. Será mesmo que podemos afirmar isto com tanta segurança sem se preocupar com os adversários?!

Quando se trata do Esporte Clube Vitória, tudo é possível (dizem muitos torcedores) e é verdade. Já foi aquele tempo em que poderíamos esbanjar com toda pompa que ir ao Barradão e ter casa cheia seria sinônimo de triunfo garantido.

Pois bem, em 2010, eu estava lá. Vi o Vitória perder a Copa do Brasil e ficar relativamente “tranquilo”, mas perplexo com aquele filme que foi toda a campanha. Pintei meu rosto e da galera que estava no Barradão comigo durante toda aquela campanha. Vibramos muito, foi tudo muito bom até termos perdido o jogo de ida, onde pude acompanhar com diversos outros amigos. Na partida de volta, o clima de otimismo estava menor, pois reverter uma vantagem que estava com o melhor time da competição – o Santos, não seria nada fácil. Vencemos o embate e ficamos no quase mais uma vez.

No dia 10 de dezembro do mesmo ano, eu também estava lá, mas por questões que me fizeram este mesmo texto naquele ano, fui pego de surpresa e desabei no Barradão. Mas foi choro longo, que representou muita raiva e indignação pelo que já havia acontecido um ano antes na série A, quando brigamos até a penúltima rodada para não cair e nada havia sido feito pela mesma diretoria que aí está.

E agora?! Após nosso time ter feito um primeiro turno que encheu milhares de rubro-negros de esperança, justamente pela iminência de um possível título, que ficou ainda mais elucidado quando adentramos o G4, conquistamos a liderança, mantivemos uma distância considerável para quem não estava lá, o que eles dirão para nós, se novamente perdermos mais uma decisão em casa?!

Se a diretoria não falar, o mínimo que espero é ter uma resposta dentro de campo. Se eles apostaram nos jogadores que aí estão, só nos resta ir ao Barradão, lotar mais uma vez e apoiar até o fim.

O acesso que poderia e deveria ser comemorado com pompas de campeão e muita festa, se confirmado (o que realmente espero), deve ser reconhecido, mas sem exageros. A lição que ficará para eles (cartolas) é que a torcida merece ser respeitada.

Torço para que ao fim dos 90 minutos possamos dizer: Bem-vindo à Série A, Vitória!


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