O Vitória não vencia a quatro jogos. Isso já tirava o sono do técnico Vagner Mancini. A possibilidade de tropeçar e deixar o G-4 criaria uma pressão sobre o técnico próximo ao demissional. Diante disso, as mudanças faziam necessárias.
Jogando fora de casa e contra um adversário perigoso, Mancini repetiu a estratégia utilizada em diversos jogos na série B. 4-1-4-1 compacto e vertical.
Para isso, Pedro Ken, Flávio e David recuperaram as suas vagas no time titular. Entre as linhas, Amaral ganhou a posição de Marcelo Mattos que marca com os olhos. No ataque, Rafaelson assumiu a camisa nove. Teoricamente, o melhor time disponível.
A estratágia de marcar de forma compacta foi reafirmada quando Rhayner aproveitou um bom cruzamento de David para marcar aos 2 minutos.
Petkovic optou por jogar com 4-3-3. Sem espaço por dentro pela boa marcação do Vitória, as laterais viraram opções. Lucca encontrava facilidades nas costas de Diogo Mateus. Do lado oposto, Diego Renan tinha menos dificuldade.
O Vitória teve uma grande chance em um contra-ataque com David, mas o camisa 11 finalizou em cima do goleiro. No final do primeiro tempo, Diogo Mateus disparou pela direita e achou Rhayner. O camisa sete marcou o segundo gol.
Precisando vencer, Pet sacou o improdutivo Jefferson para a entrada de Roger Guedes. A estratégia continuava. Acelerar pelos flancos.
Assim como o Vitória abriu o placar cedo, o Criciúma marcou antes dos primeiros 15 minutos do segundo tempo. Lucca carregou a bola da esquerda para a direita pressionado por Rhayner e entregou para Roger. Diego Renan não pressionou o ponteiro, que cruzou, por azar a bola desviou no camisa 6 e entrou.
Era o que o Criciúma queria. Subiu as linhas incendiou o estádio e empatou aos 27 com Wanderson de cabeça.Antes, Rafaelson perdeu uma grande oportunidade, mas o goleiro Luiz fez uma defesaça.
O Vitória tentou modificar o panorama com Vander e Jorge Wagner. Depois, Euller na vaga de Flávio.
Mancini alterou o esquema para 4-2-3-1 com os pontas invertidos. O Criciúma perdeu uma peça chave na marcação: Marcão.
Aos 41, Vander fez aquilo que mais gosta. Recebeu na esquerda e partiu para mano a mano com o lateral, uma finta para dentro e o chute colocado no ângulo. Golaço ao melhor estilo Vander.
Rafaelson teve uma boa estreia. Aos 18 anos, mostrou mais movimentação do que os outros dois.
O triunfo foi importantíssimo para quebrar a sequência de tropeços, se manter no G-4 e ficar vivo na briga pelo título.
Os próximos jogos são essenciais para o Vitória. Dos próximos sete jogos, somente dois serão longe de Salvador. Excelente chance para arrancar.
Cinco dias para acabar as inscrições. Será que teremos contratações?
Dúvida sincera: o quão é prejudicial as recorrentes demoras do Mancni em alterar o time no segundo tempo? Ao meu ver, pouca coisa salvou o Vitória de ficar só no empate e perder três pontos na mão. Quando a bola desviou no Diego Renan e entrou, o Vitória já levava pressão e alguns jogadores já mostravam muito cansaço, como o Flávio e o Pedro Ken. Todo jogo do Vitória é um infarto a parte porque causa dessa queda de rendimento no segundo tempo sem nenhuma resposta imediata do Mancini.