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Após manifestar interesse em jogar Liga Ouro de basquete, Vitória não se inscreve; diretor explica

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Colaboração: Diogo Lima

Após o fim da parceria com a Universo, que dava o Vitória a possibilidade de disputar o Novo Basquete Brasil (NBB), o clube afirmou em agosto, em nota, que tinha o intuito de ingressar na Liga Ouro, espécie de divisão de acesso para o principal torneio da modalidade do país, o qual o Rubro-negro não participará este ano. No entanto, a diretoria do Leão não cumpriu o objetivo e não se inscreveu no campeonato, que teve seus participantes divulgados no dia 30 de novembro.

A Liga Nacional de Basquete (LNB) confirmou as participações oito equipes – Basquete Blumenau (SC), Campo Mourão Basquete (PR), Cerrado Basquete (DF), Londrina Unicesumar Basketball (PR), Pato Basquete (PR), Rio Claro/Renata (SP), Unifacisa (PB) e São Paulo FC (SP).

Diretor de Esportes Olímpicos do Vitória, Eduardo Costa explica que o recuo da diretoria rubro-negra se deu, principalmente, pela falta de estrutura do Estado e do próprio clube. “Existe um projeto da CBB [Confederação Brasileira de Basquete] que é o Campeonato Brasileiro pra substituir a Liga Ouro. E, na Liga, o nível de exigência é muito alto e dispendioso. Se você pegar o regulamento, é quase igual ao NBB. Hoje, o estado da Bahia não teria um ginásio adequado para jogar. Todo o equipamento mais caro era da Universo, como o piso, por exemplo. Então, é muito difícil se adequar nesse projeto sem uma parceria”, afirmou, em entrevista ao Arena Rubro-Negra.

A Liga Ouro terá a sua última edição em 2019. Portanto, agora, o Vitória terá que esperar para saber como poderá classificar-se ao NBB, uma vez que não há definição sobre este quesito. O Arena apurou junto ao à LNB que haverá reuniões entre liga e CBB para definir de que forma haverá acessos ao Novo Basquete Brasil.

A reportagem também apurou que, para participar da Liga Ouro, cada time precisaria desembolsar uma quantia de R$ 30 mil para inscrição, comprovar patrocínio anual de, ao menos R$ 500 mil, além de ter pré-requisitos de estrutura, como ginásio e academia.

Atualmente, um time mais modesto participa apenas do Campeonato Baiano. Inclusive, esta equipe se sagrou campeã estadual no último domingo (9). Do time da NBB, o único remanescente é o ala Edu Mariano, uma das referências do time nos tempos de Universo.

Relembre

A parceria entre Vitória e Universo se encerrou em julho deste ano. Após o início da gestão de Ricardo David, a relação entre clube e universidade começaram a ficar estremecidas. Alguns suportes como a academia e o departamento médico não foram mais disponibilizados. A concentração, que outrora foi usado na disputa da Sulamericana e Playoff’s do NBB, também foi negada, segundo a instituição de ensino. A suposta falta de procura do Vitória para renovar o contrato também teria sido um dos estopins para o fim do casamento.

Desde 2015 em Salvador, a franquia viveu seu auge em 2017, quando chegou à semifinal do NBB, tendo terminado na terceira colocação. Neste ano, após ficar entre os quatro no torneio nacional, participou do Sul-Americano de basquete e, na edição deste ano da competição brasileira, chegou às quartas de final, mas foi acabou sofrendo eliminação para o Minas, em decidido na prorrogação.


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