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Aqui se faz, aqui se paga

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O título deste artigo pode até ser um pouco forte para aqueles que escolheram abrir esta coluna nesta segunda-feira (07). Segunda-feira essa que, diferente das demais, não veio com aquela “maresia” dos inícios de semanas anteriores e costumeiros em nossas vidas. A provável vinda do atacante Kieza, atualmente no São Paulo, causou um verdadeiro alvoroço nas redes sociais. As más línguas dizem que muita gente sofreu de desidratação lá pelas bandas de Itinga.

Como costumo falar entre amigos, “a vida é uma verdadeira roda-gigante: um dia você está em cima, mas pode ter certeza que no outro pode cair”. Traduzindo um pouco esta frase, digo que a vingança é um prato que se come frio. Se você, leitor, preferir, eu digo: cá te espero na curva, parceiro! E cá te espero, te espero naquela ferida que mais deve doer em você nos últimos tempos. Caso seja confirmada a vinda do K9, prevejo o Campo Grande cheio, e todos vestindo azul, vermelho e branco.

E como a vida é feita de idas e vindas, te lembro, torcedor, do caso Maxi Biancucchi. Esse baixinho que tanto incomodou as zagas adversárias em 2013, mas que preferiu trocar de cores no ano seguinte. Quem não ficou incomodado? O argentino pagou o preço de falar besteiras em microfones e gravadores alheios. Hoje, nem relacionado é pelo técnico rival.

Reconhecido pela sua identificação com o torcedor tricolor, Kieza segurou mais a língua. Apesar de defender as cores do seu ex-clube de corpo e alma, o atacante não foi tão intolerante como o pequeno Maxi. O futebol é assim, a vida é assim.

Voltando ao chororô (digo, inconformismo), lembro a todos que jogador não vive de paixão, mas sim de salário. Amor nenhum por clube coloca o pão e o café na mesa. Não digo que todos são mercenários, mas entenda, leitor, que atletas de futebol são profissionais. Quem vive de paixão é o torcedor, e isso nunca mudará. O torcedor que está sofrendo com as idas e vindas de ídolos para times rivais. Torcedor que sofre com as gozações e as lamentações oriundas deste mercado tão comercial como é hoje.

Caso venha, que seja bem-vindo e faça o que sabe fazer de melhor, que são gols. A sua qualidade é indiscutível e esperamos que a sua postura em campo também seja. O “matador de rubro-negros” ainda nem vestiu a camisa leonina e já está matando vários tricolores, mas matando de raiva. E olhe que ele não entrou em campo em nenhum BaVi deste lado (ainda).


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