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Com a palavra, o capitão

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Hoje (26) o dia foi de reapresentação e de entrevista coletiva com o capitão Wallace na toca do Leão. Sempre lúcido e contundente em suas opiniões, o zagueiro formado na base do clube trouxe reflexões sobre o Vitória e a disputa do Campeonato Baiano e a derrota na Copa do Nordeste:

Copa do Nordeste? Faltou eficácia.

Wallace: “Há uma diferencia muito grande entre eficiência e eficácia. Nesses últimos jogos, a gente tem sido bastante eficiente, mas pouco eficaz. Tanto na parte ofensiva quanto na parte defensiva. É o que eu falo, foi o que falei no vestiário também, isso não escondo para ninguém, é o que geralmente discuto com as pessoas mais próximas.”

Está com toda razão. Em muitos momentos nas partidas contra Juazeirense e Ceará, o time jogava melhor, era mais perigoso, mas não conseguiu marcar os gols. Faltou competência. Na parte defensiva, a mesma coisa. Havia um bom sistema defensivo no geral, mas houveram falhas que contribuíram para os gols dos adversários.

Campeonato Baiano? Obrigação estar na Final.

Wallace: “Inadmissível o Vitória ficar fora de uma final do Campeonato Baiano, não é de uma semifinal não. A gente entende e sabe o tamanho que é o Esporte Clube Vitória, mas o clube é feito de uma série de fatores que determinam o seu tamanho. Os atletas que vestem a camisa, o comportamento que nós atletas temos dentro de campo. Tudo isso passa muito pela questão do nosso desempenho e das coisas que têm no futebol e não entram em campo. Nos últimos anos a gente não vem tendo sucesso e tem mais do que obrigação ganhar os jogos que tem dentro de casa para, primeiro, ser racional nesse momento, pensar na classificação. Consequentemente pensar na final. De qualquer forma, Vitória tem obrigação moral e técnica de estar na final todos os anos.”

De fato, estar fora sequer das semifinais nos últimos dois anos da competição estadual é fora de cogitação para um clube que possui 29 títulos estaduais no currículo. Respeitando a força e evolução dos times do interior, especialmente o Juazeirense esse ano, não dá para o Leão ficar de fora das finais do estadual por tanto tempo.

Equipe jovem sentindo a pressão? Hora de buscar o equilíbrio.

Wallace: Eu acho que depende muito do comportamento de cada atleta e como eles recebem esse tipo de formação. Tem jogador, não estou dizendo isso daqui, não posso dizer desse elenco, mas tem jogador que se importa, tem jogador que não se importa. A única coisa que detesto e não faço questão de ter ao meu lado é jogador indiferente. Acredito que aqui não tenha. Os meninos têm dado um retorno bom, entrado e resolvido nossos problemas. Natural que tenha alguns erros, na juventude a gente acha que sabe de tudo, as vezes se precipita, se envaidece com os elogios. Tem que buscar esse equilíbrio.

O Vitória vem não só com o time titular mais jovem, como também todo o elenco tem em sua maioria jogadores com faixa etária abaixo dos 25. Só entre os 11, apenas Wallace e Raul Prata passam a casa dos 30. Por isso, é normal que tanto jogadores jovens sintam a cobrança em jogos mais importantes. Dessa forma, além de contar com atletas mais experientes como Wallace, o Vitória precisa trazer jogadores de qualidade e um pouco mais experientes para trazer maturidade ao elenco. Não quer dizer trazer jogadores velhos em fim de carreira, mas atletas que possam contribuir como Wallace para a construção dessa equipe.


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