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Educação vem de casa, e não custa R$10

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É de costume de brasileiros e até mesmo de estrangeiros valorizarem aquilo que é caro. Quem nunca ouviu aquele ditado: “O barato sai caro”? Pois bem, dentro do Esporte Clube Vitória, mais precisamente dentro da torcida rubro-negra, a história se repete.

Muitos reclamaram dos valores dos ingressos, do estacionamento, das camisas e até mesmo de outros serviços, como alimentação. Aí, o clube teve uma ideia, até plausível, de assim como acontece em várias arenas pelo país, criar um setor com o preço dos bilhetes mais baratos.

Quem esteve no Barradão na última sexta-feira, contra o CRB, pôde até assistir a partida que daria a liderança provisória ao time leonino por um valor mínimo de R$10, contando que os mesmos ficassem em um local “setorizado” do estádio, o que não ocorreu precisamente.

Não todos, mas parte daqueles que estavam no Espaço Rubro-Negro 10, agora extinto pela diretoria, protagonizaram antes do início do jogo uma verdadeira aula de falta de educação e como não se comportar em qualquer lugar do mundo. Não sei se as grades que separavam o setor dos demais no Barradão fizeram com que aqueles que estavam naquela cena pensassem que fossem animais, mas que as imagens vistas por todos foram dignas de selva, isso foi.

Gente pulando a grade e querendo consumir um produto que não tinha direito, pessoas forçando a mesma para liberar os acessos às demais instalações do Manoel Barradas… Até que, acertadamente, a direção resolveu liberar, abrir os portões para que aqueles que estavam no espaço pudessem ser livres, evitando assim uma tragédia.

Torcedor, temos todo o direito de cobrar, mas assim como falei em outro texto publicado nesta coluna, quando algumas pessoas ameaçaram jogadores e cartolas com diversas mensagens constrangedoras, limites devem ser impostos. Faço uma pergunta aos participantes daquela ação: é assim que você quer um Vitória melhor? É assim que você quer o seu time com estrutura e equipe de primeira divisão. Então mude o seu pensamento, pois você, que é o maior patrimônio do clube, pensa diferente, imagina quem estará à frente dessa verdadeira floresta que foi causada.

Para encerrar este texto, escrevo outro famoso ditado popular: “Educação vem de berço”, mas eu mudaria um pouco isso. Diria: “Educação vem de casa”, e a nossa casa é o Barradão. Saiba se comportar nele, pois não é todo mundo que tem um estádio para chamar de seu.

 


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2 COMMENTS

  1. Animais Selvagens, dignos de desprezo. Essa falta de respeito em Salvador ta demais, vide o transito, em filas… É que nem sistema penitenciário, não adianta tentar ressocializar pois não tem mais jeito, bando de animais!

  2. Como o Caio falou, não é privilégio do Barradão. A falta de educação em locais públicos em Salvador está demais. Furões de filas, “traseiristas”, vândalos… Isso aqui está parecendo Gothan City quando o Batman saiu de férias! rsrsrsrs