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Enfim, a série B

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Não é uma forma de consolo. É a triste realidade. Em maio, o Vitória iniciará a sua oitava série B, a terceira em quatro anos. A atual gestão, inexperiente, como admitido em carta após rebaixamento, irá encarar um campeonato diferente daquele que se apresentou em 2012.

A proibição de investidores nos direitos econômicos dos atletas pela Fifa e a crise financeira que passa o futebol brasileiro reduziram a quantidade de investimentos nos clubes e por consequência uma queda nos salários e na quantidade de jogadores contratados. Contratar ficou mais dificil do que já era e é preciso observar, saber negociar para montar um bom elenco. Na série B, essa dificuldade aumenta. Além da dificuldade financeira, tem a vontade do atleta em jogar a segunda divisão e do empresário/clubes em ver o “produto” numa divisão inferior, apesar da valorização de um acesso.

Em uma breve pesquisa, foi possível perceber que o Vitória terá o maior teto salarial no primeiro semestre entre os clubes da B. O Botafogo, com a maior cota de TV, atravessa uma grave crise financeira e reduziu o seu teto para 40 mil reais por mês, embora conte com o apoio do empresário Carlos Leite para investir em nomes de peso. O teto botafoguense é similar ao do Paysandu e do Náutico. O Leão tem um teto de 90 mil reais.

Teoricamente, esse teto garante uma possibilidade ter jogadores melhores, maior poder de barganha, mas com a chance maior de erro. Para minimizar isso, a diretoria reformulou o seu departamento de futebol. Saíram Ney Franco, Marcos Moura e João Paulo e entraram Ricardo Dubrscky e Anderson Barros, ambos com experiência em montar elencos baratos, porém que conseguem o seu objetivo. Nem sempre com grandes nomes.

Os dois primeiros contratados foram os atacantes Neto Baiano e Rogério, ambos fizeram uma série A em 2014 apagada, mas tem bom passado na B, exatamente o que é preciso. Dará certo? Não sei. Eram a dupla de ataque dos sonhos dos rubro-negros? Não. Compreensivelmente revoltada, a torcida pede reforços de série A, indica reforços de primeira divisão, mas dificilmente virá, pelos motivos citados acima.

O time deve ser mais parecido com de 2012, que era jovem, intenso do que o de 2011, experiente e lento. Que os bons ventos venham para o Barradão!

FOTO: Thiago Pereira/GE


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