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Ney Franco: “A tentativa de não tentar outra vez”

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Tente outra vez. Há quem se lembre da lendária música de Raul Seixas ao escutar esta pequena frase. De certa forma inspiradora, a cantiga do eterno roqueiro marcou a vida de muitos e até hoje é dada como forma de passar obstáculos. Há quem diga também que sete é o número da perfeição. Deixando numerologia e crenças de lado, vamos parar de enrolação e fazer uma pequena abordagem e tentar entender os motivos de Ney Franco não ter conseguido ganhar um BaVi sequer.

Quando Vitória e Bahia entrarem em campo, neste domingo (21), às 16h, a rivalidade, como sempre acontece, estará mais uma vez com os 22 atletas. Do lado rubro-negro a lembrança do 5×1 e também do 7×3. Já para o tricolor, o “Lepo-Lepo” nunca será esquecido. Ainda para os nossos adversários a pouca experiência de Gilson Kleina em clássicos baianos não será levada em conta. Por falar em treinador, Ney Franco ainda é um dos poucos que participaram do derby que não saborearam o gosto de vencer o adversário.

Aí o torcedor pergunta: o que a música de Raul Seixas e o número sete têm a ver com essa seca do nosso comandante? Fácil. São sete jogos que o Rubro-Negro não consegue ganhar do Bahia. A última vez que o Leão saiu vencedor, por sinal, foi quando o time era treinado por Caio Júnior e o placar acabou 7×3.IMAGEM_VITORIA_5

No currículo de Ney foram quatro empates e três derrotas. A vez que chegou mais perto de sair com os três pontos foi a última oportunidade que ele comandou a equipe. Ganhando até os minutos finais o jogo que marcou a quarta rodada deste Brasileiro, Pará parou com a ansiedade do técnico pelo apito final. Naquela partida Souza fez gol e a sorte parecia vestir vermelho e preto. Só que não.

Já estamos saturados de saber que o assunto incomoda Ney Franco, e é fato que isso deve ser uma coceira no pé do nosso treinador. Quem nunca desejou tirar uma nota maior que o seu “rivalzinho” na sala de aula? Quem nunca quis dar aquele drible desconcertante naquele primo chato no baba da família? Ninguém gosta de ser taxado como fracassado em tal assunto.

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Falando mais uma vez no roqueiro, outra parte desta música chama atenção: “Pois a água viva ainda está na fonte. Você tem dois pés para cruzar a ponte. Nada acabou, não não não não”. Será alguma premunição? Pois a Fonte Nova foi palco da nossa última sapecada.

Esperamos que esta pressão não entre com os atletas, que já seguram o peso de estarem na lanterna da competição. Mas assim como Raul disse: “Levante sua mão sedenta e recomece a andar. Não pense que a cabeça aguenta se você parar”, pois, na arquibancada, “há uma voz que canta, uma voz que dança, uma voz que gira” e torce para que tempos melhores cheguem para o Vitória e também para o nosso Ney Franco e não façam que tentemos outra vez outra vez.


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