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Tudo caô: falaram o que quiseram, tomaram o que mereciam

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Antes do clássico a provocação vinda das duas partes é algo mais do que comum. Um atira para um lado, outro retruca o que foi dito… Mas quando as chamadas brigas pré-clássicos se tornam insensatez? Se formos ao dicionário, insensato quer dizer “aquele que não está em seu juízo, cujos atos são contrários ao bom senso, à justa medida; insano, doido, delirante”. Vamos adiante.

Sem fugir das polêmicas antes do BaVi do último sábado, os atacantes Roger e Kieza, ambos do Bahia, deram declarações, no mínimo, questionáveis aos jornalistas durante as coletivas. O primeiro, que sentiu uma, digamos assim, “dor de barriga”, declarou que não “não via no Vitória nenhum jogador que pudesse fazer a diferença no jogo” que podia marcar a volta do tricolor ao G4. Lhe apresento, doutor, Escudero, que nunca perdeu um BaVi sequer, e Rhayner, fundamental nesse e nas demais partidas do Leão na Série B e que nunca perdeu um clássico baiano. Imagino como deve está a dor de barriga do nosso caro atacante após o conhecimento que deste lado existem jogadores capazes de decidir qualquer partida.

Mas Roger não foi o único. Teve um rapaz, chamado pela torcida tricolor de “caçador de rubro-negro”, que também quis aparecer mais pelas palavras do que pelo futebol. Kieza, artilheiro do Bahia na temporada – e com méritos -, resolveu “proibir” do Vitória jogar na Arena Fonte Nova. Eu até parabenizo este atleta por saber que ele se tornou um cara visionário… Comprou até algumas ações da Arena para definir quem joga lá ou não. Soube também que ele faz parte da equipe do governador Rui Costa.

Sábado, Kieza mostrou que anda estudando muito para exercer outra profissão quando resolver parar de jogar: árbitro de futebol. O K9 queria de qualquer maneira apitar a partida. Foi um reclama de lá, reclama daqui… Não faltou gogó. Dizem por aí que Sant’Aninha, inclusive, foi pedir a Vuaden a indicação de Kieza para o quadro de árbitros do próximo ano. Sem sucesso, mas um estágio não foi negado. Realmente, estou impressionado com a diversificada carreira profissional do jogador. Só está faltando tempo para tirar a CNH, né?

Gargantas à parte, não posso terminar este texto antes de citar a mais coerente declaração na semana do maior clássico do Nordeste. Kanu, que nunca havia jogado um BaVi, só falou verdades, quando afirmou que “a Fonte Nova era do Governo”, e foi mais feliz ainda após o jogo: “mandamos aqui [na Arena Fonte Nova] e no Barradão”, disse. Os números comprovam isso.

Pegando o gancho da torcida que, apesar de ter ido ao estádio menor número, mostrou como se deve ser. Quatro mil calaram 33 mil de uma forma nunca vista antes. Segundo a Transalvador, tinha torcedor azul, vermelho e branco que saiu da Arena e partiu para o Campo Grande antes mesmo do terceiro gol. Ainda de acordo com o órgão municipal, o local estava engarrafado, já que havia muita água saindo do pé do caboclo, e a Embasa não tinha ainda ido resolver a situação. Inclusive, o “matador de rubro-negro” também esteve por lá.

Não adianta imitar fumaça ou ação para sócios no intervalo, nada disso será igual. Tudo continuou da mesma forma que imaginávamos. Mais três pontos para o Leão e a busca pelo título ainda viva. Pelos lados de Lauro de Freitas a tensão cresce.

Falaram o que quiseram, ninguém obrigou. Agora calem as vossas bocas e deixem de caô! É sem massagem, sem dó, nem piedade, pois com o Escudero é sem massagem, com o Rhayner é sem massagem, com o Diego é sem massagem… Então é pau! Gol e goleada até mais tarde. Sem choro, Teletubbies, pois vocês ainda precisam se recuperar para tentar subir. Te vejo lá, mas espero que não seja só em 2017!


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2 COMMENTS

  1. Rapaz parabéns, a muito tempo não lia um texto, tão rico nas palavras, tão interessante, tão verdadeiro, a ponto de conduzir o leitor com muita curiosidade ao final da história. É a mais pura verdade, o jogo é jogado. Falaram muito a semana toda, para ver se tiravam a paz do jogadores do Leão, mas, foram eles que entraram em campo se borrando de medo, sentimento que passou para a torcida sardinha, era nítida a face de medo em seus rostos antes, durante e depois do clássico. Parabéns pelo texto. Bora Leãooooo
    o.