Que a temporada de 2022 seria de “austeridade” para o Vitória, isso todo mundo já sabia. Com poucos recursos vindos de campeonatos, ou a ausência na disputa deles como a Copa do Nordeste, a baixa premiação para a Série C, a diretoria se voltou na venda de atletas para cobrir o orçamento e, no primeiro mês, parece ter batido a meta estipulada.
O presidente interino Fábio Mota, em entrevista para a Rádio Sociedade, explicou de forma resumida as duas vendas que movimentaram o clube no mês de janeiro: Samuel para o Oita Trinita do Japão e David para o Metalist da Ucrânia: ambos podem render cerca de R$15 milhões aos cofres rubro-negro.
Samuel foi negociado com o clube japonês por cerca de UD$500 mil dólares (a primeira proposta tinha sido de UD$400 mil dólares e recusada pelo rubro-negro), que na época equivaleu a cerca de R$2 milhões e 600 mil, isso em 51% dos direitos. Assim, a outra parte deve equivaler a cerca de R$2 milhões e meio, totalizando pouco mais de R$5 milhões (que pode chegar ainda este ano)
Já o atacante David rendeu mais. O jovem foi negociado em R$7 milhões e 250 mil por 80%, sendo que R$6 milhões serão pagos imediatamente e o restante em outra data já estipulada entre os clubes. O Leão ficou com 20% de uma venda futura que, segundo Fábio Mota, está valendo cerca de R$2 milhões, totalizando assim uma negociação que pode chegar a pouco mais de R$9 milhões.
Para o presidente interino foram bons negócios já que, juntos, os valores chegam a quase R$15 milhões e supera a meta prevista pelo orçamento que tinha como receita de vendas de atletas a quantia de R$13 milhões. Sendo assim, a meta foi batida já no primeiro mês da temporada, o que dá esperança da receita aumentar durante 2022.
Fábio Mota também esclareceu que os valores já tem datas a serem recebidos pelo clube, assinados em contratos com as diretorias dos clubes japonês e ucraniano. Assim que receber a ordem bancária de pagamento, o Vitória dará continuação nos sistemas da CBF e FIFA para liberação dos jogadores, já que os contratos já foram assinados para que os atletas consigam o visto de trabalho nos países onde atuarão.