Mais uma vez, o Vitória jogou mal no primeiro tempo e equilibrou no segundo tempo. Esse foi o enredo dos últimos jogos rubro-negros contra o Bahia, J. Malucelli e contra o Internacional. Em nenhuma partida dessas partidas, o rubro-negro venceu, mas garantiu um empate pela boa atuação na segunda etapa. Só que a qualidade técnica do Campeonato Brasileiro não permite que um time tenha o luxo de jogar mal em algum dos tempos.
O jogo contra o Internacional expôs as deficiências do Vitória na marcação e na criação. O time não compactou os setores no primeiro tempo e permitiu que o time gaúcho criasse, pelo menos, três chances claras de gol e não finalizou ao gol. No segundo tempo, a marcação melhorou, porém os sucessivos erros de passes deu boas chances ao Colorado, para sorte rubro-negro, sem sucesso. Por outro lado, o Vitória finalizou três vezes com perigo, pouco para quem queria vencer.
No plano tático, Ney fez poucas alterações. Alinhou a defesa com uma linha de quatro defensores, embora os laterais não soubessem marcar em linha. Na frente da linha defensiva, dois volantes em linha e mais uma linha de três meias com Cáceres pelo lado direito, Juan centralizado e Marquinhos pela esquerda e Dinei no comando de ataque. Com o paraguaio na direita, o time não era agudo e nem marcava o perigoso lateral Fabrício. Em um vacilo, os meias não acompanharam Aránguiz, os volantes não apertaram a marcação em D’Alessandro e o primeiro e único gol do jogo saiu aos cinco minutos de jogo.
No segundo tempo, com a lesão de Mansur, Ney colocou William Henrique na direita e recolocou Juan na esquerda. As jogadas de Pica-Pau pelo setor direito ajudou para conter Fabrício, porém os volantes José Welison e Marcelo não marcaram e deram liberdade para as chegadas de Alex e Alan Patrick na área. 
A entrada de Vinicius alterou pouco. Com apenas 15 minutos de jogo, não é possível avaliar o desempenho do atacante. A falta de um meia articulador e de Escudero ajudaram para que o time não exercesse a pressão ofensiva necessária para vencer.
Para que o time do Vitória jogue forte com Ney Franco gosta é preciso muita coisa. O time precisa entrar motivado no primeiro tempo e de reforços nos três setores. Escudero faz uma falta absurda ao meio de campo rubro-negro e Welison e Marcelo ainda não estão preparados para serem titulares no Campeonato Brasileiro.
Foto: Felipe Oliveira / EC Vitória / Divulgação
