Meia tem lesão grave e fica fora do primeiro semestre

O Vitória terá um problema sério para administrar nos próximos meses. O meia Leonardo Pisculichi contraiu uma lesão grave na coxa e ficará afastado por, pelo menos, 140 dias.

Em entrevista exclusiva ao Arena Rubro-Negra, o diretor médico do Vitória, Gilson Meireles, explicou a lesão. De acordo com o médico, o prazo de recuperação só será definido com clareza após o exame de ressonância que será realizado na próxima semana.

“Pisculichi teve uma sugestão de ruptura do tendão do músculo da coxa esquerda reto femoral, uma sugestão de ruptura completa do tendão. Isso conforme a ressonância do sábado. Ele teve o desconforto treinando na sexta-feira a tarde e no sábado foi realizado o exame. Como o exame estava recente e a gente havia feito uma ultrassonografia e visto muito edema, a gente não seguiu como referência. Usando a nossa experiência e a estatística a nosso favor, se a ruptura não for completa a lesão é grave. Por isso que não se sabe o tempo exato de recuperação. A ressonância será semana que vem pra gente monitorar a evolução e saber quanto tempo”, explicou Meireles.

Gilson detalhou o quadro clinico da lesão de Pisculichi. Segundo Meirelles, no primeiro exame, a lesão apontada foi de 14 cm. De acordo com a experiência do departamento médico, o jogador deve ficar afastado de três a seis meses.

“Na primeira ressonância, aparece uma lesão de 14 cm e conforme a previsão de cicatrização, uma lesão de 14 cm demoraria 140 dias em média pra cicatrizar. Coloque o tempo de cicatrização da lesão, mais o tempo de refortalecimento muscular, recondicionamento físico, retorno aos campos, aos treinos e participação em jogos pode demorar seis meses. A gente vai intensificar a recuperação dele com tratamentos complementares alternativos. O exame será repetido para confirmar o tamanho dessa lesão. Segundo dr. José Olímpio, que fez a ultrassom, ele não acredita e não deu fidedignidade ao laudo inicial. Então, dr. José Olimpio está apostando em dois a três meses, na primeira impressão, dr. Wilson Vasconcellos acredita em quatro a cinco meses no mínimo. Como eu sou bem cauteloso e prefiro me preparar para o pior cenário, então que coloque aí de três a seis meses.”, relatou o diretor médico.

Se for confirmada a ruptura no tendão do reto femural, será a terceira desse tipo no Vitória. A primeira foi com Luiz Gustavo em 2015. O volante se machucou em maio e só retornou em novembro. A outra foi do zagueiro Guilherme Mattis, mas a demora no diagnóstico correto atrapalhou o tratamento. O retorno do jogador só aconteceu oito meses após a sua recuperação.

O departamento de futebol do Vitória só deverá tomar uma posição se contratará ou não um substituto para Pisculichi após o exame da próxima semana.

*Com informações do repórter Marcello Góis