Se dentro de campo as coisas não vão muito bem para o Esporte Clube Vitória, nos bastidores o clima também é conturbado. O rubro-negro enfrenta na justiça uma ação que questiona os gastos cometidos pelo Conselho Deliberativo e assumidos pelo clube. O processo foi movido em 2018 pelo ex-diretor e atual sócio-torcedor do clube, Ricardo Nery.
Em abril, o juiz Paulo Albiani Alves, da 12ª Vara Cível e Comercial, intimou o Esporte Clube Vitória a apresentar um relatório detalhado com as despesas do Conselho Deliberativo ao longo ano de 2017.
Na decisão o magistrado pretende analisar gastos desembolsados ou reembolsados pelo clube com passagens aéreas, hospedagens, alimentação, dentre outras. A empresa Salvatur Viagens e Turismo também foi intimada e deveria apresentar planilha com todas as passagens emitidas de acordo com o documento citado no parágrafo anterior.
Por sua vez, o Vitória entrou com um recurso (agravo de instrumento), alegando que o auto, por não ser conselheiro e nem sócio patrimonial, não tem legitimidade para ter acesso às provas, uma vez que tais documentos oferecerem “insegurança jurídica para as relações institucionais”.
Em junho, a desembargadora Regina Helena Ramos Reis, da Segunda Câmara Cível, aceitou o pedido do Vitória e deferiu a atribuição de efeito suspensivo. Assim, houve a suspensão da decisão judicial que obrigava o clube a exibir os documentos.
Em contato exclusivo com a reportagem do Arena Rubro-Negra, o advogado do autor, Ricardo Lantyer, explicou que o processo ainda está em julgamento.” Apresentamos as nossas contrarrazões e estamos aguardando o julgamento definitivo. Aguardamos o julgamento na segunda instância. Mesmo assim, na primeira instância, o processo ainda segue também.”
A reportagem do Arena Rubro-Negra entrou em contato com o Vitória, que não quis comentar o assunto.