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“Vamos seguir o rito do Estatuto”, diz Cacau sobre AGE; Entenda os próximos passos

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Na manhã deste sábado (9), o então presidente do Conselho Deliberativo, Paulo Catharino, publicou a decisão sobre o requerimento da convocação da AGE feita por sócios, indeferindo. Logo após, surpreendeu a todos publicando uma carta onde renunciou ao cargo de presidente do Conselho.

Com o indeferimento, surgiram dúvidas quanto ao andamento: não terá mais AGE? Essa decisão pode ser revertida? O que acontece?

Como rege o Estatuto Social do Vitória, após o indeferimento da convocação da AGE, por parte dos sócios, pelo presidente do Conselho Deliberativo, o requerimento deve ser enviado ao presidente do Conselho Diretor (hoje, Ricardo David). O presidente terá um prazo de cinco dias para deferir ou não. Caso indefira, o requerimento irá para o Conselho Fiscal que terá o mesmo prazo para deferir ou não.

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Caso o requerimento seja indeferido pela terceira vez, a AGE será “auto-convocada”. Ou seja, a convocação poderá ser feita pelas três primeiras assinaturas (pessoas) do pedido da AGE, protocolando o requerimento original na Secretaria do Clube, como rege o Art. 29, inciso 4, do Estatuto.

“VAMOS SEGUIR”

A reportagem do Arena Rubro-Negra conversou de forma exclusiva com Antônio Carlos Menezes, o Cacau, advogado e sócio do Vitória, que está entre as pessoas à frente do movimento de requerer a AGE.

“Vamos seguir o rito que o Estatuto impõe. Já nessa segunda-feira nós estaremos reencaminhando o requerimento para o presidente do Conselho Diretor, como manda o Estatuto. Lamentavelmente a gente não tem nenhuma expectativa que convoque, a gente sabe que ele vai querer permanecer no poder até o fim, mesmo tendo demonstrado toda sua incapacidade como gestor, mas temos que cumprir essa fase estatutária.”

Com a possibilidade do requerimento ser indeferido pelos três Conselhos, o advogado e sócio já esperava:

“Nós sabíamos que isso seria uma via crucis longa cansativa e muito maléfica ao clube. Não estamos fazendo isso por absoluta necessidade, ele é quase uma unanimidade como péssimo gestor, despreparado para cuidar da vida do clube.”

Cacau afastou qualquer possibilidade de haver uma ação judicial nesse processo:

“Nesse momento não vamos pensar em judicializar nada, vamos exigir nosso direito perante ao clube. Nossos associados estão sendo desafiados pelos gestores do Vitória.”

Antônio Carlos Menezes é advogado e sócio-torcedor do Vitória. Cacau, como é conhecido, está entre as pessoas à frente do pedido para antecipação das eleições 2019, através da AGE. Foto: Matheus Andrade / Arena Rubro-Negra

“ATO DE COVARDIA”

Por fim, Cacau comentou sobre a renúncia de Paulo Catharino ao cargo de presidente do Conselho Deliberativo, logo após divulgar o indeferimento da convocação da AGE:

“O primeiro desafio aos associados foi esse do presidente do Conselho Deliberativo, um desafio covarde: porque ele indefere um requerimento dos associados e ato contínuo renuncia, é covardia. Ou ele não despachava e renunciava, ou se despachou que ficasse para as consequências até o fim. Pra mim, o ex-presidente agora, cometeu um ato covarde.”

E completou:

“Só consigo enxergar a covardia nesse ato do ex-presidente do Deliberativo. Isso não engrandece em nada a pessoa e nem ao clube, ao contrário, mais uma demonstração de que o clube está efetivamente à deriva, o barco está no meio do mar sem leme, sem comandante, sem nada. Mais uma evidência de que deve mudar, eleições gerais.”

Com a renúncia, o Regimento Interno do Conselho Deliberativo prevê que o vice-presidente assuma o cargo de presidente (art. 6), nesse caso Robinson Almeida. Assim, na AGE, ele presidirá a sessão. Caso não esteja presente, o presidente do Conselho Fiscal presidirá e, ainda assim, não esteja, o comando da mesa da AGE ficaria a cargo do membro do Conselho de mais idade, como rege o art. 32, inciso 2, do Estatuto.

Até o fechamento desta matéria, não conseguimos entrar em contato com Paulo Catharino e nem com Robinson Almeida.


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