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O messianismo no Vitória

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Longe de quer tratar de religião num espaço de futebol. Como diria a minha vó, religião e futebol não se discute. Como não sou muito obediente, discuto sobre futebol.

Esquecendo as questões familiares e religiosas, no futebol, o messianismo é o ato de contratar um jogador, técnico ou dirigente com base no sucesso em alguma época passada. Os clubes brasileiros praticam isso em quase todas as temporadas e esquecem que o sucesso alcançado em outrora foi baseada em algumas condições como ambiente de trabalho, condições financeiras e psicológicas.

No Vitória, o messianismo é recorrente. Em quase os todos anos, algum jogador ou técnico voltou ao Barradão sob a proteção das boas lembranças. Bom, nem sempre dá certo.

A principal prova do messianismo foi o retorno de Ney Franco em 2014. O técnico deixou o rubro-negro no começo do Brasileiro para treinar o Flamengo, mas retornou para salvar o Vitória do rebaixamento e não conseguiu. Na época, as justificativas eram “se arrumou em 2013, arrumar em 2014”, “ele conhece o elenco”…

Em 2015, o Vitória repatriou Neto Baiano, Elton, Pedro Ken e o técnico Vagner Mancini. Com o artilheiro do Barradão, o passado foi esquecido cedo e acabou sendo liberado.

Mancini chegou ao Vitória no momento de mais estabilidade dos últimos 18 meses. A torcida começava a voltar acreditar e apoiar Wesley Carvalho, quando ele foi anunciado. Não era o momento.

O avalista para a contratação de Mancini foi o seu passado. Num puro exercício de messianismo, Viana jogou nas costas do novo técnico o sucesso do clube.

“Todos conhecem Mancini, pelo trabalho que já desempenhou aqui, e também pelo nome que tem no cenário nacional e até internacional. Mas manda a liturgia que assim se comporte a presidência, e estamos aqui para considerar oficialmente apresentado à imprensa da Bahia o nosso novo treinador. Considero um treinador de ponta, que demonstrou isso por onde passou. Esperamos muito dele.”, disse Viana na apresentação de Mancini.

Não sou totalmente contra o retorno de jogadores e técnicos. A volta de ídolos para encerrar a carreira como um agradecimento é válido, e em geral, engrandece a sinergia entre torcida e o clube. Exemplos como Alex no Coritiba, Juninho Pernambucano no Vasco e Maradona no Boca Juniors.

O momento pedia o novo e indicava que a efetivação de Wesley Carvalho como o caminho a ser seguido. Optaram pelos ‘dons’ de Mancini.

 

 


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3 COMMENTS

  1. o nome de Vagner Mancini era para ser no lugar de Claudinei Oliveira não fizeram quando o vitória se acerta e o interino faz o vitória jogar no qual desde 2013 ninguém via eles não se contentar e retirar Wesley Carvalho.
    eu assistir um filme em que o ator olha para um cara e diz boa sorte e isso e o quer nos resta

  2. Vamos ter que torcer pro vitoria subir, nunca para ser campeão, ate o Sampaio correia já foi campeão da serie b,c e d. Ate quando o vitoria vai dar esse gostinho do torcedor ser campeão nem que seja da serie b?