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O que podemos esperar daqui pra frente?

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Apesar da derrota para o São Paulo por 2 x 0 no Morumbi, o Vitória apresentou na capital paulista uma das suas melhores posturas em 2016. Tudo bem que foi diante do time quase reserva do tricolor, mas até a entrada de alguns titulares, no segundo tempo, as duas equipes jogaram de igual pra igual.

A principal discrepância entre os dois foi o elenco. Enquanto o técnico são paulino promoveu Ganso e Michel Bastos durante o jogo, Mancini tirou do banco Vander e Alípio – que mais uma vez jogou fora de sua posição, assim como Tiago Real. Ao fim, o treinador disparou uma inevitável, porém tímida crítica contra a diretoria pela ausência de peças não foi suficiente.

Mas o fator motivante desta publicação é extracampo. Trata-se da passagem da equipe de reportagem do Premiere FC durante a partida, onde o narrador Odinei Ribeiro e o comentarista Sérgio Xavier, disparam a seguinte consideração: “Quando você olha pra tabela e vê que vai enfrentar o Vitória da Bahia você pensa, essa é a hora de ganhar 03 pontos”.

O comentário é digno de revolta da torcida contra os jornalistas, mas há um pequeno detalhe: eles não estão mentindo.

Hoje completam-se 56 dias desde o anúncio da contratação do zagueiro Kanu, o último reforço que chegou à Toca do Leão. E não é por falta de necessidade. O time sofre com a ausência de peças em todos os setores.

Mas nas palavras do presidente Raimundo Viana, “conquistamos o campeonato baiano, somos a única equipe baiana viva na Copa do Brasil e também na Série A do Brasileirão”. Mas até quando?

Só que o comentário não foi motivado somente pela fragilidade do elenco rubro-negro. Está enraizada a inferioridade do nosso clube pelo país, fruto de campanhas pífias, ausência de títulos expressivos e histórico de seguidos rebaixamentos. Tudo resultado de gestões ineficientes.

O assunto me lembrou o tal do planejamento estratégico feito por uma consultoria na administração do ex-presidente Alexi Portela, em 2012, que tinha como objetivo colocar o Vitória entre os 10 maiores clubes do Brasil até 2020. Um dos primeiros passos seria a implantação de programa de desenvolvimento gerencial para diretores, executivos, coordenadores e conselheiros.

“Teremos um formato exclusivo, focado em um plano de intervenção, pautado no nosso Planejamento Estratégico e com certificação de uma Instituição de Ensino Superior. Tudo com o que há de mais moderno em educação corporativa e aprendizagem organizacional”, explicou na época o então vice-presidente financeiro e futuro presidente eleito, Carlos Falcão, protagonista de uma das piores gestões da história do Vitória.

Em dezembro haverá uma nova eleição, e a pergunta que eu deixo é a segunte: o que podemos esperar daqui pra frente?


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