O Vitória arrancou o empate na partida deste domingo contra a Ponte Preta no estádio Moisés Lucarelli em Campinas. Iniciou o jogo com 2 a 0 para a Ponte e conseguiu empatar e quase reverter o jogo fora de casa.
Mas o empate veio com muito sofrimento para o torcedor rubro-negro. Isso porque a Ponte perdeu um jogador após entrada dura em Matheuzinho logo aos 17 minutos do primeiro tempo e passou o resto do jogo todo com um a menos. Com isso, o Vitória teve mais liberdade no meio de campo para armar as jogadas e criar as chances de gols.
O problema é que o time do Vitória não conseguia ser criativo e exagerava nas tentativas de bola na área com o centrovante Léo Gamalho. Além disso, o Vitória segue com problemas na troca de passes no meio, especialmente com Dudu, que continua a se equivocar em algumas bolas arriscadas no meio de campo, o que poderia dar a possibilidade de contra-ataque para a Macaca Querida. Além disso, o lateral Railan teve uma noite tecnicamente abaixo, tomando muitas decisões erradas durante todo o jogo.
Variações do Vitória
Para quem gosta de analisar o futebol mais friamente, não dá para criticar o técnico Léo Condé nas alterações que faz durante as partidas. A princípio, ele sacou o lateral Marcelo e colocou Matheuzinho como ala esquerda, deixando o meio de campo para Wellington Nem, que estava na reserva. Depois, desfez o esquema dos três zagueiros de vez, sacando João Victor e colocando Giovanni Augusto como meia central. Dessa forma, o Leão retornava a um 4-3-3 mais tradicional, com Augusto como 10, W.Nem, Mateus Gonçalves e Léo Gamalho na frente.
Com uma boa atuação de Giovanni Augusto, o Vitória se lançou para o ataque e, ainda que de forma pouco producente, pressionou os donos da casa até chegar ao gol após batida de pênalti do Gamalho.
Não satisfeito com a produção ofensiva, Léo Condé deu a sua cartada final ao tirar Dudu e Gegê e colocar Zé Hugo e Iury Castilho no jogo. Nesse formato, o Vitória passou a jogar ofensivamente com Giovanni Augusto e W.Nem de meias e quatro atacantes: Mateus Gonçalves e Zé Hugo nas pontas, Iury Castilho como segundo atacante infiltrando na zaga e Léo Gamalho como 9.
Tanto Zé Hugo como Castilho entraram muito bem no jogo e participaram da jogada do segundo gol em triangulação pela esquerda e gol do estreante Iury Castilho. Ainda dava tempo para a virada, mas a jogada mais perigosa do Vitória passou por Castilho na área e sobrou para Gamalho, que chutou mal.
Erro de estratégia?
É bom ressaltar que, com os 11 em campo, a Ponte Preta era muito melhor na partida e o Vitória apareceu abatido em campo nos minutos iniciais. Dudu e Gegê erravam os combates e a trinca de zagueiros parecia não se entender em campo. Tanto que o placar estava 2 a 0. O que salvou foi a expulsão e as boas alternativas que entraram em campo como G.Augusto, W.Nem, Zé Hugo e Iury Castilho. A dúvida que fica é: se entraram tão bem, será que merecem a reserva do time? É esperar para ver.