Um dos fatores coadjuvantes de maior importância nas últimas decepções vividas pelo torcedor rubro-negro nos últimos anos é o mando de campo. O desgaste da mística no fator casa no Vitória trouxe consequências muito maiores do que as vistas e sentidas pela maioria.
Só para início de conversa, o Barradão foi palco de quatro rebaixamentos nacionais da equipe em um intervalo de dez anos. E nem é preciso ir além, esse dado por si só dispensa listar as sucessivas derrotas, desclassificações e perdas de títulos dentro do estádio no mesmo período.
Outro fator importante nessa conta é a presença da torcida. Tido como divisor de águas do futebol baiano na década de 1990, o chamado Santuário tem perdido cada vez mais fiéis. Uns pela dificuldade de acesso, que eram bem piores outrora e tinha efeitos bem menores que atualmente, outros por comodismo e desânimo com o futebol apresentado em campo.
A diretoria do clube fecha os olhos e finge não se omitir da responsabilidade de cuidar do seu patrimônio. O Barradão tem ficado para trás diante de outros estádios, sejam em questões máximas de conforto ou mínimas de acesso, sonorização e até iluminação.
Tudo isso reflete diretamente na média de associados ao Sou Mais Vitória, programa de sócios-torcedores que já chegou a garantir tranquilamente por volta de 10 mil presentes por jogo e hoje, com muita dificuldade, atinge a metade dessa marca.
Sem a mágica e a torcida que fizeram do Barradão um caldeirão temido por muitos adversários, se perde também a lógica de ser contra parcerias como a proposta pela Arena Fonte Nova, que oferece algumas vantagens além de toda estrutura, facilidade de acesso e conforto.
Aliás, jogar na Fonte Nova parece inevitável, uma vez que mais dia, menos dia, em meio a um lapso de lucidez alguém sentado à cadeira de presidente tomará a atitude de fechar o Manoel Barradas para reformas de modernização. E quando esse dia chegar todos já sabem qual será destino temporário.
Para alguns, a probabilidade de deixar o estádio soa absurda e quem se mete a falar do assunto pode ser tratado como herege. E antes das pedradas, é bom esclarecer que a lógica aqui não é tender pensamentos a essa mudança, mas refletir sobre se a teoria da importância do Barradão está valendo na prática.
Afinal, muitos desses que o defendem com unhas e dentes são os mesmos que não pensaram duas vezes em abandonar o Santuário pela Arena Multiuso prometida anos atrás por Paulo Carneiro. E se duvidar também são os mesmo que dia após dia vão abandonando os jogos na arquibancada e assassinando o valor do maior bem rubro-negro.
Torcedor, sejamos racionais: Vitória precisa de novos ares, de todos os lados e em todos os sentidos.
Bom dia! Bom texto. Concordo que as melhorias no estádio nos últimos anos não atingem diretamente o torcedor. Concordo que tem sido palco de grandes decepções. Acho, entretanto, que ao deixar nas entrelinhas a modernização do Santuário ou o uso da Arena Fonte Nova é um caminho para melhoria do futebol torna-se um equívoco. Quero sim um estádio melhor, mas muito mais que isto quero um time, um elenco, um grupo melhor. A volta da torcida ao estádio, seja ele qual for, depende tão somente do fator campo. Basta ver quais foram as médias de público na série C e B recentes quando estávamos jogando bem.
A ideia de Arena parece um caminho daqueles que geram despesas e desculpas para problemas em campo. Sinto que se esta modernização vier será acompanhada de que o torcedor deve entender o esforço da diretoria para tal, entendendo que não há dinheiro para grandes jogadores. Quanto à Fonte Nova acho que a Diretoria deve cogitar alguns jogos naquela casa desde que gerem real receita ao clube.
Marcelo Bastos, na verdade a ida pra Fonte Nova não. Talvez para atrair público e garantir algumas vantagens. Mas com a modernização do Barradão, sem dúvidas. É que isso passa por um planejamento. Um estádio moderno também gera receitas que podem facilmente ser investidas em futebol. Quem pode falar melhor sobre isso é Fábio Mota, numa entrevista que fizemos aqui mesmo no Arena. Depois dê uma lida: http://arenarubronegra.com.br/entrevistas/fabio-mota-pra-ser-presidente-no-vitoria-voce-tem-que-ser-indicado/
Obrigado pela presença e participação, vc é sempre bem vindo. SRN!
eu particularmente não me pego em estadio pois no rio tem o maracanã e o engenho e o campeonato e ums dos horriveis.
agora no vitoria qual foi a ultima contratação quer o vitoria fez na qual se esperou um grande sucesso. o ultimo 10 do vitoria para mim foi ramon menezes seguido por geovanne. sem esquecer de renato caja.
essa falta de jogador habilidoso faz esvaziar o barradão porque jorge wagner era para vir 4 anos atras.
jogador lutador como uelligton neto baiano michel faz falto no time.
so resta luis gustavo e agora o goleiro.
então ate muda essa corja no vitoria vai ser semprer isso.
O problema do Vitoria nao é o estadio e sim o departamento de futebol, mas uma coisa puxa a outra. O torcedor jamais iria pensar em arena fonte nova se o nosso time correspondesse aos anceios da torcida dentro de nosso humilde e modesto estadio