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Que nem São Tomé

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Fui à Camaçari, ver a décima quarta partida do Vitória, no Campeonato Baiano de 2012. Durante o trajeto tentava me lembrar de quantas vezes vi o Vitória fazer uma boa apresentação nesta competição e só consegui me lembrar de dois jogos: Juazeiro no Barradão e ECPP em Conquista.

O treinador Toninho Cerezo, resolveu teimar com a escalação de Lúcio Flávio em quase todas as partidas, mesmo com o atleta jogando mal em 90% delas. Além disso, usou mais de 30 jogadores durantes estes jogos, em quatro esquemas táticos diferentes (3 volantes, e 2 volantes e 2 meias, 4 volantes e 3 atacantes).

Após tanta pressão da torcida, imprensa e até da diretoria, o acuado Cerezo se viu na condição de escolher entre escalar um meio campo mais qualificado, rápido, criativo ou perder o emprego. E eis que surgiram em campo, como titulares Pedro Ken e Geovanni. E não é que o time fez uma boa partida? Porém nada que faça empolgar os críticos e torcedores.

Temos que seguir céticos, pelo menos até o jogo pela Copa do Brasil e em seguida o BAVI. Estas duas partidas terminando com triunfos do rubro negro e boas atuações podem começar a dar firmeza a Cerezo e a um time base, que ele não tem até hoje.

A partida contra o modesto Camaçari ainda mostrou limitações nas laterais, algumas falhas no meio da zaga e um Marquinhos que ainda não conseguiu ser notado como jogador diferenciado que sempre foi. Por isso imagino que se estes setores subirem de produção, certamente com a recuperação de Nino, Saci e a forma ideal de Rodrigo, além de Marquinhos voltando a atuar da forma que o fez aparecer para o Brasil inteiro, o Vitória poderá ter mantido seu treinador, com uma sequência de trabalho e passará a ser candidato em potencial ao título baiano e ascender a série A em 2013. Mas por enquanto sigo que nem São Tomé.

Por Branco Almeida, comentarista esportivo da Rádio Transamérica FM


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