A análise tática de Santos e Vitória desta segunda-feira (16/10) no Pacaembu não tem como não começar de outra forma. Que desempenho excelente é esse que o Vitória tem fora de casa?
Posse de bola, rapidez e domínio das ações contra o (então) segundo melhor time do Brasileirão dentro de São Paulo. Sem contar no contra-ataque arrasador, que rendeu o primeiro gol do rubro-negro na partida, fruto de um inspirado David e da velocidade da equipe quando recupera a bola.
O Leão forasteiro deve mesmo ser temido. Fora de casa, o Leão mais uma vez mostrou que não joga apenas por uma bola e sabe, inclusive, propor o jogo. Foi visível a superioridade rubro-negra contra o Santos. Mesmo com a recorrente irregularidade de Neílton, que oscilou passes errados e tentativas de passar exatamente no meio dos jogadores santistas com chute no travessão e uma assistência para o gol de Wallace, o Leão merecia ganhar o jogo.
Mas como no futebol merecer não significa vencer, em duas falhas, ocorreu o empate. A primeira havia sido telegrafada poucos minutos antes quando o cruzamento veio da esquerda para a direita do ataque santista, só que a zaga do Vitória cortou. Na segunda chance, o problema não foi solucionado, e a rede do goleiro Caíque balançou. Em jogada pela esquerda, o lateral Zeca buscou o segundo pau e encontrou Jean Mota a vontade para fazer o gol.
Neste momento, a torcida do Vitória lembrou dos momentos em que a lateral-esquerda era um buraco muito bem explorado pelos adversários em um gol parecido com os tentos de Bruno Silva em cima do Vitória dentro do Barradão este ano. (quem lembra?)
Já o segundo lance, uma total infelicidade quando Ramon tentou cortar o cruzamento e mandou contra o próprio gol. Sofrível. Ao final, o placar mostrou que, mais uma vez, Vitória se porta bem fora de casa e conquista pontos importantes. Só faltaram os três pontos. Seria mais justo.