No dia 10 de abril de 2018, na semana em que o Vitória perdeu o título do Campeonato Baiano para o rival, o Arena Rubro-Negra analisou os próximos passos do E.C.V no ano e ressaltou a urgência na chegada de reforços na Toca do Leão.
De lá para cá, alguns nomes chegaram. Porém, o desempenho ainda não agrada. Eliminação para o Sampaio Côrrea na Copa do Nordeste e o alarmante 17º lugar no Brasileirão 2018 com aproveitamento de 29,6% até então.
Para salvar o ano de insucessos, o Arena Rubro-Negra volta a fazer o mesmo pedido. Hora de contratar, diretoria! Vamos à análise.
Goleiros: Elias, Caíque e Ronaldo (Alerta Amarelo)
Os torcedores do Vitória sofreram, sofreram muito com a posição do guarda-redes já em 2018. Erros de Fernando Miguel e outras falhas incríveis de Caíque trouxeram uma forte irritação por parte da torcida rubro-negra. Recentemente, o Leão contratou o terceiro reserva da Chapecoense, Elias, para assumir o gol. Em poucos jogos, o atleta, apesar da inexperiência dos 22 anos, tem se portado bem no gol do Leão. O sinal amarelo, da atenção, persiste também devido ao suplente. Caíque não tem nem 1% da confiança da torcida e Ronaldo só atuou apenas uma vez no gol do Vitória. Não é a posição mais urgente no momento, mas os olhos estão bem atentos.
Lateral-direita: Jefferson, Lucas e Cedric (Alerta Vermelho)
A chegada do lateral-direito Jefferson deu uma animada aos torcedores rubro-negros. O atleta tem um bom pulmão para correr, marca razoavelmente bem e chega bem na frente. O problema é que, mais uma vez, a improvisação ronda as laterais do Leão e Mancini tem utilizado o jogador na lateral-esquerda e deixado o destro Lucas na titularidade do time do Vitória. Lucas continua apagado no clube. Alterna partidas ruins e outras simplesmente péssimas. Cedric, que seria a outra opção, continua escanteado por Mancini. Por isso, o alerta é vermelho. Em um campeonato longo como o Brasileiro, onde lesões e suspensões são frequentes, não dá para deixar a posição nas mãos apenas desses atletas. Urgência de um lateral-direito.
Zagueiros: Aderllan, Kanu, W.Maia, Bruno Bispo, Ramon, Bruno Bispo, Josué (Alerta Vermelho)
O Vitória tem a pior defesa entre os clubes da série A em 2018. Foram 20 gols sofridos em apenas nove jogos do Brasileirão, dando uma média de 2,22 gols tomados por jogo. Só este dado já explica o porquê do alerta vermelho na posição. Hoje, a dupla de zaga é Kanu e Aderllan, o último um pouco melhor que os demais. Além destes, o Rubro-Negro tem W.Maia, Ramon, Bruno Bispo e Josué como opções. Josué ainda não foi aproveitado pelo técnico Vágner Mancini, mas os outros não dão a segurança necessária para a defesa rubro-negra. Por isso, as contratações são urgentes. Urgência de dois zagueiros.
Lateral-esquerda: Bryan, Juninho e Pedro Botelho (Alerta Amarelo)
A situação da lateral-esquerda do Vitória já foi abordada aqui. O sinal verde daquela época não traduz a atual realidade do setor. Especialmente pela lesões de Bryan e Juninho, cujas saídas fizeram o torcedor rubro-negro se irritar com o treinador Vágner Mancini ao insistir com o atleta Pedro Botelho na posição. Agora, mesmo improvisado, é melhor manter Jefferson até que um dos dois atletas retorne.
Volantes: W.Farias, U.Correia, F.Soutto, J.Welison, R.Andrade, L.Marques e Léo Gomes (Alerta Amarelo)
O setor também foi bastante abordado em matéria do Arena Rubro-Negra. Apesar dos nomes e da experiência dos atletas presentes na posição, o desempenho é ruim. Muitas vezes, a marcação deste setor é lenta, desorganizada e não produz muito ofensivamente. Talvez seja a hora de Mancini realmente “oxigenar” – já que ele gosta de usar essa palavra – e dar mais chances a quem tem menos jogado, como os volantes L.Marques e F.Soutto, enquanto W.Farias, que vinha melhorando de produção, se recupera de nova lesão, dessa vez na coxa.
Meias: Guilherme Costa, Alex Baumjohann, Rhayner, Nickson, Yago, Jhemerson (Alerta Vermelho)
Em diversos jogos na temporada 2018 foi visível para os torcedores rubro-negros a falta de inspiração do Esporte Clube Vitória na hora da criação das jogadas. E isso explica o Alerta Vermelho da análise. Dentro do plantel do Leão, apenas Guilherme Costa e, com esforço, Nickson, poderiam, se estivessem atuando bem, assumir a função do 10 do Vitória em campo. Os demais, ou não tem condições técnicas para assumir a camisa (Baumjohann e Jhemerson) ou não são atletas para essa posição (Yago e Rhayner). Tanto Yago como Rhayner podem atuar como terceiro homem de meio-campo, mas não podem assumir a criação sozinhos. Não têm esta característica. Ou seja, mesmo com um esquema de jogo onde não necessariamente o Vitória tem um 10, é urgente que se tenha um jogador de criação no meio campo do Vitória. Urgente a chegada de um camisa 10.
Atacantes: Lucas Fernandes, Wallyson, J.Belusso, Flávio, Todinho, Denílson, Neilton, Luan e A.Lima. (Alerta Amarelo)
O setor com maior número de jogadores do Vitória não deixa também de ser problemático. Apesar de ser o segundo maior ataque da competição – só perde para o líder Flamengo – com 15 gols, o time do técnico Vágner Mancini tem dificuldades na hora de botar a bola para rede. Excetuando Neilton, que vive grande fase e é o artilheiro do Vitória em 2018 com 17 gols, ainda não se encontram unanimidades no setor. Os recém-contratados Lucas Fernandes e Wallyson produzem bem, mas erram bastante, sobretudo na forma aguda com que vão para os lances. A. Lima não consegue mais ser efetivo por todo o jogo. O desgaste físico dos 33 anos já dificultam a mobilidade do Imortal. Luan e Flávio tiveram poucas chances até agora e devem jogar o Brasileiro de Aspirantes a maior parte do tempo. Belusso está tratando uma fratura e Júnior Todinho está voltando agora também de um grande período de lesão. Ou seja, é preciso contratar um nove para colocar a bola para dentro no Leão.
Agora é com o novo gestor de futebol, Jorge Macedo e com a diretoria do Vitória. Ao todo, são necessárias, pelo menos, cinco contratações de qualidade para o restante da temporada (um lateral-direito, dois zagueiros, um meia e um atacante). Menos que isso, é sofrer até o fim, de novo, pela permanência na série A.