É. Segue difícil. De acordo com o nosso começo tenebroso, ainda sem vitórias, um empate é, também, uma derrota. No entanto, diferente do que foi visto contra o Cuiabá, ontem, diante de tanta turbulência, foi possível criar uma pequena esperança.
Meu velho, a situação está muito ruim, não me engano, mas ficar sem perder duas rodadas, conseguir reagir após levar um gol, factualmente, nos deixa, ao menos, com uma sensação de que não está tudo perdido. Até porque, a rodada favoreceu, e sair da zona ainda é possível.
O Vitória surpreendeu. Aquilo que foi cobrado no pré-jogo veio à tona. Não foi o suficiente para vencer, porém preencheu um pouco do vazio que Manoel de Barros tanto explora nos seus poemas, sobretudo em “Os deslimites da palavra”. E isso se deu pela forma com a qual os atletas se comportaram nas quatro linhas.
O Vitória mereceu ganhar. É aquele jogo que quando a fase está boa, o resultado positivo vem, mas para nós rubro-negros não basta sofrer. É preciso sofrer em demasia, “cumpadi”.
Mas será que foram espasmos ou é válido sonhar com algumas vitórias? Nesse instante, prefiro acreditar que foram dois jogos para a retomar a confiança, e, justo como um leonino, embora não acredite muito em horóscopo, preciso ceder e afirmar que o técnico Carpini me convenceu em relação às duas partidas fora. Isso, pois, mesmo que não esteja 100%, há uma maior segurança por parte dos jogadores e torcida.
Calma, não quer dizer que iremos vencer o próximo jogo e o mês de junho inteiro, mas existe uma luz. Bem fraquinha, mas para quem não tinha nada, o pouco é muito. E esse tantinho a gente sabe que faz toda diferença, hein. Desejo que esses 2 pontos sejam os nossos novos 2% e que as vitórias venham.
Já estamos cientes de que vamos brigar pela permanência até o final, mas, agora, pelo visto, estamos brigando. E domingo já vamos travar a outra batalha de mais uma guerra. São tantas, que nem sei mais qual é esta, contudo é mais uma. E se tem guerra, “papá”, tem “Liaum”.
Avante, meu Leão.
