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Vida longa ao clássico de duas torcidas

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Hoje teremos um dia decisivo para o futebol baiano. Um marco histórico poderá ser estabelecido para os amantes desta arte e será sentido nas próximas gerações. O Ministério Público definirá se a partir desta data, todos os clássicos entre o Bahia e Vitória serão de uma torcida só, a dona da casa. As duas torcidas se opõem e particularmente eu também.

Vamos imaginar juntos: não poder ir ao estádio com sua namorada, que torce para o adversário, cada um desfilando sua camisa; não ver a torcida adversária calar-se ao tomar um gol; o bandeirão adversário ser menor do que o nosso; o grito da minha galera ecoar e sufocar o pessoal do outro lado e eles indo embora antes de terminar a partida calados, “sofrendo”. Diga-se de passagem, felicidade em dobro, ganhei e vejo o outro chateado porque perdeu. A gozação é mais gostosa quando começa dentro do nosso alçapão. Quase nunca violado pela experiência e competência policial atuante dentro dele.

Temos que registrar que, o fato motivador para a discussão desta medida, aconteceu longe do Estádio do Barradão, aliás bem mais perto de Pituaçu e poderia ser em qualquer bairro. Sabemos que são marcadas verdadeiras batalhas independentes do dia de jogo, agendadas pelas redes sociais. Identifique-se e puna-se. Nem o futebol e nem pessoas que amam esta arte poderão ser punidas.  Este é um problema policial e não esportivo. A discussão deveria ser mais aberta e pública, contar com torcedores e torcidas.

Sem o antagonismo ao vivo, nas arquibancadas, tudo vai parecer cinema mudo sem o mestre Chaplin, sem cor, sem brilho, sem futuro, sem emoção. Vida longa ao clássico! Vida longa às torcidas juntas e pacíficas! Vida longa a liberdade! Vida longa ao futebol baiano!


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