30Dos males, o menor. O ponto conquistado na Arena Fonte Nova, mais uma vez lotada de rubro-negros, é útil para o acesso, mas para o título foi péssimo.
Sem Rhayner, o time do Vitória perde boa parte da sua força ofensiva. O atacante, agora meia, é o cara responsável por acelerar o passe no meio do campo e quebrar as linhas adversárias com a sua movimentação.
Mancini foi pragmático. Encaixou Flávio no meio de campo e ganhou em qualidade de passe e marcação, mas faltava a velocidade na transição. Pedro Ken assumiu o papel de Rhayner para o avançar.
A postura do Paraná foi surpreendente. Não se fechou e buscou o jogo durante os 90 minutos. Para eles, o ano de 2015 acabou, mas o ponto conquistado foi uma recompensa justa pelo esforço.
Como nos últimos jogos, o caminho para o gol rubro-negro começou numa bola parada cobrada por Escudero. Após a zaga afastar, Diogo Mateus cruzou novamente e Kanu acertou uma bela cabeçada.
O Vitória aumentou a pressão ofensiva, mas não conseguiu efetividade. O Paraná, após o gol, só voltou ameaçar no final do primeiro tempo.
Na segunda etapa, o jogo mudou de figura. O time paranaense se lançou ao campo ofensivo, principalmente pela direita, e o Vitória recuou para ligar contra-ataque.
Diego Renan recebeu o primeiro cartão aos 4 minutos, depois cometeu mais duas faltas. Eis que aos 12 minutos, ele sofreu pênalti do goleiro Marcos. O árbitro Flávio Rodrigues de Souza expulsa o lateral por simulação e prejudica o Vitória duas vezes.
Em geral, não discuto arbitragem. Para mim, o árbitro é o menos culpado da engrenagem do futebol brasileiro. Dentro de campo, são os únicos amadores em meio a profissionais com altos salários e tem o poder da decisão na mão.
Sem o lateral, Mancini entrincheirou o Vitória na defesa. Primeiro com a saída de Flávio para a entrada de Euller, depois com Jorge Wagner no lugar de Pedro Ken e depois David no lugar de Elton.
Com poucas opções confiáveis no banco e pelo momento do campeonato, não condeno Mancini pelas substituições repetidas, mas critico pela saída de Elton.
Apesar de ter perdido boas chances, o centroavante era a referência para o contra-ataque e segurava a defesa do Paraná. Sem ele, o time paranaense veio em bloco e a pressão resultou no empate aos 39 do segundo tempo.
Amargo para o título, mas é um ponto muito bem-vindo para o acesso. Espero que Mancini reflita sobre os erros.
Com certeza: Elton era pra ter ficado em campo pra deixar os paranistas preocupados em não buscar o empate e acabar levando o segundo gol. O Vitória deve um título brasileiro ao seu torcedor, mesmo que da Série V seria um começo em nível nacional vencedor.Se não conquistar o Brasileiro da Série B deste ano, é obrigação chegar o mais longe possível na Copa do Brasil 2016, quem sabe repetindo 2010: só que desta vez com o título, e na Série A do ano que vem, cujo acesso está encaminhado, a obrigação é no mínimo a classificação para a Sul-Americana de 2017, e nela buscar repetir o feito de Goiás e Ponte Preta que foram finalistas desta competição internacional, e o time goiano só perdeu este título da segunda maior competição da América (só perde para a Libertadores) nos pênaltis! Queremos títulos não apenas regionais: vamos ser campeões baianos em 2016 só para ajustar e aprimorar o time para a sonhada Copa do Brasil e uma classificação para a Sul-Americana ou uma inédita Libertadores 2017!