O Vitória foi derrotado após quatro jogos de invencibilidade. A derrota de ontem teve um sabor muito ruim: dificulta a vida do rubro-negro na Copa do Brasil, já que terá que vencer por 2 gols de diferença no Mineirão no próximo dia 20.
Mancini inovou. Logo na escalação, o veto de Dagoberto por cansaço muscular foi uma surpresa, assim como o saída de Arrascaeta do time titular do Cruzeiro pelo mesmo motivo. Além dessas saídas, o técnico rubro-negro aprontou uma mudança tática.
Ramon, zagueiro no domingo, atuou como volante na frente da zaga. A ideia era clara. Encaixar a marcação no esquema utilizado por Paulo Bento, porém com a saída do camisa 10, o Cruzeiro mudou o desenho tático para 4-3-3. Logo, criou-se uma dificuldade: Com três volantes pelo meio e sem características de jogar mais avançado, o jogo obrigatoriamente teria que fluir pelas laterais, contudo Bento povoou as pontas para não acontecer o que já havia acontecido no domingo: Marinho deixando e rolando nas costas dos laterais.
O jogo ficou mais difícil quando a marcação por encaixe individual falhou de forma retumbante e Willian abriu o marcador. A tal marcação por encaixe é quando cada jogador fica responsável por marcar um adversário. Ou seja, desgasta fisicamente e se alguém falhar nas perseguições ao oponente, no caso do Vitória são longas, ocorre o efeito bola de neve e quase sempre acontece gol.
O Vitória botou a bola no chão, mas não tinha quem passar. Resultado foi ligação direta para área e jogar em velocidade com Marinho e foi numa dessas que ocorreu o pênalti convertido por Diego Renan.
No segundo tempo, Bento voltou com uma estrutura tática, mas próxima daquela habitual: 4-3-1-2, contudo Arrascaeta saia do meio para a ponta esquerda e arrastava a marcação.
O Cruzeiro chegava com a bola no pé, triangulando, se movimentando e o Vitória sofrendo. O rubro-negro só conseguiu uma finalização certa no segundo tempo. Para variar, fruto de um cruzamento.
O segundo gol do Cruzeiro era questão de tempo. Willian escapou da marcação de Ramon e virou o jogo.
Mancini tentou mudar o panorama com Real, Alipio e Nickson. Não deu muito certo. O Vitória perdeu o jogo e a torcida a paciência.
Domingo, o jogo é diferente. Pega um Fluminense em crise. É nítido a necessidade de reforços, mas enquanto a marcação resolver tá de tudo de boa.