Após 8 meses afastada dos estádios, já que me mudei de Salvador para Ilhéus, tive a notícia, através de um amigo, que o Vitória iria jogar no Estádio Mário Pessoa, na quarta-feira, dia 10 de fevereiro. Então, fui conferir e vi que seria o duelo entre Vitória da Conquista x Vitória. Fiquei tão ansiosa que achei que o jogo não seria mesmo aqui, por não saber que o estádio do Conquista, o Lomanto Júnior, não havia passado na vistoria.
Por conta do trabalho não tenho tido tempo de pesquisar sobre as principais notícias do meu time do coração ou assistir a programas de esporte. Acabo apenas procurando saber dos placares dos jogos. Pesquisei mais a fundo e soube que o jogo realmente seria aqui em Ilhéus. Neste momento uma felicidade inexplicável me invadiu.
Na terça-feira a noite não vi notícia alguma da chegada da equipe aqui. Quarta-feira pela manhã, no dia da partida, ao chegar no trabalho, no Aeroporto Jorge Amado, a primeira coisa que fiz foi olhar os horários dos desembarques dos voos SSA – IOS. Gravei todos os horários.
Por volta das 12h, uma amiga, também torcedora do Leão, me mandou uma mensagem via WhatsApp com a captura de tela do Twitter do Vitória informando que o time estaria embarcando e desembarcaria às 12h20 aqui em Ilhéus. Neste momento fui correndo rumo ao desembarque e avisei ao pessoal para me avisar quando o avião pousasse.
Eu tremia de ansiedade.O voo atrasou 45 minutos, mas quando o relógio batia 13h05 eles chegaram, fechei a loja onde trabalho correndo, pois também era meu horário de almoço, e corri pro desembarque. Aos poucos jogadores e comissão técnica foram aparecendo e eu não consegui me conter. Tremula, com lágrimas nos olhos, então avistei Vagner Mancini. Eu só pensava em abraça-lo e agradecer por tudo que ele já fez pelo time, por ter conseguido fazer com que meu Vitória voltasse à 1ª divisão do Campeonato Brasileiro, lugar de onde nunca deveria ter saído.
Abracei, não contive o choro, chorei em seus braços, pedi a ele a vitória neste jogo e o título do Baianão 2016. Estava tão nervosa que não conseguia lembrar do nome da maior parte dos jogadores, mas tirei fotos com alguns. Foi surreal, eu não conseguia acreditar que aquilo realmente aconteceu.
Fui pro Estádio Mário Pessoa com meu pai, compramos ingressos para a arquibancada, porém não sentei em momento algum. Fiquei grudada no alambrado ao lado do banco de reservas do Conquista. A única mulher do alambrado. A emoção de poder ver meu time novamente em campo tão de perto, para mim, foi algo inexplicável.
Foi um jogo difícil, fizemos um gol no segundo tempo, de falta perto da pequena área, marcado por Marinho. Gritei muito, entretanto, minutos depois, ocorreu um pênalti para o Conquista, fiquei tensa, mas confiava firmemente que Fernando Miguel iria pegar aquela bola. Ele não pegou, mas a bola foi na trave, comemorei como um gol. Minutos depois veio o gol do Bode. Desanimei um pouco, mas não desacreditei. O jogo finalizou no empate, porém para mim foi tão emocionante quanto uma goleada só pela felicidade de poder ver o Vitória novamente tão de perto.
Na quinta-feira no Aeroporto fiquei esperando o embarque do time, segurei o choro, pois estava em horário de trabalho. Então pude agradecer pessoalmente a todos pelo jogo, agradecer novamente a Mancini, agradecer a Marinho pelo golaço e a Fernando Miguel pelas defesas. Fiquei lá observando eles, pelo vidro, até a hora do embarque. Um sonho de infância realizado, uma felicidade inexplicável, um amor incondicional.
Laila Souza, publicitária, tem 23 anos de amor ao Esporte Clube Vitória.
Que este amor volte a ser retribuído com Títulos: Baianão 2016 é Obrigação, Copa do Brasil deste ano é Obsessão e Classificação para a Sul-Americana 2017 na Série A é requisito suficiente para não cair para a Segundona e este título internacional da “SulA” é uma Segunda possibilidade de Titulo de Significativa Importância para o Rei Leão do Nordestão. Ser finalmente campeão Nacional via Copa do Brasil deste ano é a Maior Meta do Ano, nem que para isso termos que adiar a volta da conquista do Baiano para 2017 e na Primeira Divisão apenas não cairmos.