E aí galerinha mais ou menos, tudo tranquilo? É, não está tão tranquilo assim… Depois da derrota na primeira rodada no Brasileirão, tínhamos voltado todas as atenções para a Copa do Brasil, a tão sonhada e desejada taça. Pela frente um adversário que nem divisão tem, o J. Malucelli, parecia fácil, o placar mínimo era uns 3 a 0. É, parecia fácil.
Quando eu vi a escalação e não vi Mansur, fiquei alegre, mas vi Hugo de titular, fiquei triste. Aquele arrochazinho universitário mesmo. Nenhum marcador e três atacantes: vai pra cima, sem dó nem piedade, matar logo no primeiro tempo. Matou, matou os torcedores de raiva. A raiva aumentou quando o time paranaense fez o gol. Teve gente delirando, pedindo defunto de volta, pedindo gente que foi embora, quem não veio, pedindo intervenção divina, judicial, tudo que ajudasse naquela hora. Aí foi abafa, no vuco vuco, na pressão, na tora! Assim Juan Mata (um de raiva) fez o gol e ficou pedindo apoio da torcida e a resposta?
– “Ei, Falcão, vá para a cavidade do orifício anal”
No melhor português, vai tomar onde não bate sol. Essa foi a melhor substituição ao velho grito de gol, apesar de alguns terem gritado.
Empate, mesmo resultado do jogo de ida, o que viria? Pênaltis. Disputa de pênaltis só é bom com o time dos outros, assiste despreocupado e até tira onda com o cara que erra, mas, quando é o nosso, o bicho pega. Rezei para os santos dos goleiros, fiz até promessa para canonizar Wilson lá no Vaticano, caso ele agarrasse algum pênalti. Os caras do J. Malucelli estavam preocupados em acordar cedo para ir no SINE caso fossem eliminados. Estava tudo indo bem até Telmário bater a cobrança. Momentos antes, eu cantei a pedra: “Ele vai fechar o olho e bater no meio forte”. Pois é, até hoje a bola tá no telhado do shopping Ponto Alto. O pessoal do Vitória All Saint’s já entrou em contato com Ney Franco e o pessoal, pra emprestar ele pra ser o kicker. Resultado: eliminado e várias queixas. Cabeça (asa, rabo) de Falcão a prêmio, Ney Franco balançado no cargo, jogadores mostrando o quanto ruins são (né Little Marcos? Né Pica-pau?). Agora, só nos resta o BR 14 e a “Sulamericana”.
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BRASILEIRÃO – 2ª RODADA: Quando eu vi a escalação, time totalmente mudado, eu sabia que aquele toró de antes do jogo não tinha sido em vão. Que primeiro tempo maravilhoso! Tive a convicção de duas coisas: Ney Franco estava dopado desde o começo do ano e domingo o efeito estava passando e a outra é que a Vergonha fez uma visita rápida no Barradas. Mas aí veio o segundo tempo: a realidade de volta! Existem coisas que acontecem com todos, mas com o Vitória acontece de tudo: a Lei de Murphy pesou de com força no Barradas. Final foi um 2 a 2 mais amargo que berinjela. E fiz as avaliações de cada um após o jogo, com a benção de Fito Neves e Arthurzinho:
WILSON: Fez algumas pontes e boas defesas, se não fosse por ele, era goleada.
NINO: Severino jogou bem no 1º tempo, mas esqueceu o que fez no vestiário, inclusive marcar. Acertou os laterais pelo menos.
LUIZ GUSTAVO: o menino Bombril (1001 utilidades), o Zorro do Barradas, Justiceiro do Negopolitano, não fez gol, mas salvou um arrancando gritos e aplausos.
DÃO: Dannyu, o que fazer contigo? Tentou imitar LG, mas não é a mesma coisa. Vai pra Piedade ganhar a vida como estátua viva, é melhor.
EULLER: como um lateral pode ser jogador só de um tempo? Ainda mais sendo novo. Enquanto esteve em campo, correu bem, mostrando que Mansur deve vazar.
MARCELO: Ainda precisa voltar pra escolinha aprender o fundamento básico do futebol: PASSE.
JOSÉ WELISON: Zé Wel fez um golaço, mas precisa parar de sem empolgar, algo natural na sua idade. Na marcação é aluno de Michel.
CÁCERES: Kakáceres é a regularidade em pessoa. Corre por ele e por outros, apesar de ser louco em algumas jogadas.
CAIO: se destaca devido a ruindade dos outros (que nem jogaram). Pra começo, correu bastante, brigou e marcou a saída.
VINÍCIUS: pesado demais. Parece que bateu o feijão em Água de Meninos antes de ir pro jogo.
DINEI: Telmário Elano no meio da semana, voltou ao normal(?) hoje. Se pelo menos batesse o pênalti como fez o gol hoje.
TARRACHA: entrou e mostrou mais uma vez que Mansur já passou da hora de vazar.
MAURI: entrou? Jogou? O que fez? Ganhador da promoção que assiste o jogo dentro de campo.
W. HENRIQUE: de amuleto passou a ser simplesmente a ferradura de cavalo, ou melhor, o cavalo inteiro, com crina e tudo. Poderia listar as besteiras que ele fez no jogo, mas vamos deixar quieto. Existe algum adjetivo mais pejorativo que “fominha” pra ele?
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Está chegando novos jogadores, mas vou falar disso na próxima Cornetada! Está rolando também uma campanha aí de Revolução, ops, Golpe de Estado, ops, Intervenção. É, isso. Vamos aguardar as cenas do próximo capítulo e na próxima cornetada também!
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