Nesta terça-feira (7), a Procuradoria Geral do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) denunciou o centroavante Santiago Tréllez por injúria racial, cometido no último BaVi do dia 22 de outubro, contra o volante Renê Júnior, nos minutos finais da partida.
O jogador foi indiciado pelo art. 243-G do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que condena a prática de atos discriminatórios, com base no relato do árbitro Marcelo de Lima Henrique, que apitou na ocasião e relatou na súmula o acontecido:
“Aos 45 mais 2 do segundo tempo, quando a bola estava fora de jogo, o atleta nº 23, Renê dos Santos Júnior, da equipe do E.C. Bahia, veio em minha direção informando que o atleta nº 22, Santiago Tréllez, da equipe do E.C. Vitória, o chamou de ‘macaco’. Cabe ressaltar que o fato não foi presenciado por mim e por nenhum membro da equipe de arbitragem. As atitudes do atleta denunciado que levaram à revolta do ofendido não se limitam a meros xingamentos, tendo por certo extrapolado os limites do que se espera seja razoavelmente aceito como uma simples ofensa. Pelo contrário, diante da reação pode-se ter plena convicção de que houve sim ato discriminatório ou, admitindo-se em hipótese por amor ao debate, mesmo ato ultrajante.”.
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O processo de número 246/2017, responsabilidade do auditor relator dr. José Maria Philomeno, será julgado nessa sexta-feira (10) em sessão da Quarta Comissão Disciplinar. O colombiano pode pegar de 5 a 10 jogos de suspensão, além de multa que varia de R$100 a R$100 mil.