O cargo de treinador no Esporte Clube Vitória tem alta rotatividade na gestão do presidente Paulo Carneiro. Em pouco mais de um ano e sete meses a frente do clube, o mandatário rubro-negro chega a impressionante marca de sete treinadores contratados, o que se configura em média um novo técnico a cada três meses para dirigir a equipe. Com a recém demissão de Mazola Júnior, o assistente técnico Rodrigo Chagas, que já foi treinador interino, foi efetivado no cargo até o fim da Série B.
O primeiro treinador na segunda passagem de PC no Vitória iniciada ano passado foi Osmar Loss, que substituiu a Claudio Tencati, contratado ainda na gestão Ricardo David. Em 2019 ainda passaram pela Toca do Leão Carlos Amadeu e Geninho, que salvou a equipe do rebaixamento a Série C. Em alta com a torcida e com contrato renovado, o experiente treinador iniciou a temporada 2020 com boas perspectivas, mas com a pandemia do novo coronavírus a situação financeira do clube se agravou e ele foi demitido.
No retorno do futebol, o até então assistente Bruno Pivetti foi efetivado com total confiança do presidente. Porém, Pivetti não resistiu a sequência de resultados ruins e foi demitido. Então foi a vez de Eduardo Barroca melhorar o quadro. Com pouco mais de um mês a frente do time, ele aceitou uma proposta do Botafogo e foi embora.
Enquanto a cúpula diretiva estava no mercado em busca de mais um profissional, Rodrigo Chagas, que até então era técnico do time sub-20, comandou a equipe de maneira interina em quatro jogos. Após mudar o jeito da equipe jogar e conquistar duas vitórias seguidas, feito que nenhum treinador conseguiu na Série B, a gestão não escutou o clamor da torcida leonina para a permanência de Chagas e optou em efetivá-lo como assistente técnico do profissional. Para surpresa e rejeição imediata da torcida, Mazola Júnior era o nome da vez. Com apenas 15 dias de clube e quatro jogos, foi mais um que passou por aqui e literalmente pegou a pista.
Sem saída, o presidente Paulo Carneiro e a sua cúpula diretiva chancelaram Rodrigo Chagas no comando técnico do Leão da Barra de forma efetiva até o final da segundona. Chagas tem a seu favor a identificação com o clube e a torcida rubro-negra, já que foi formado na Toca do Leão e teve uma carreira destacada no Vitória e nos clubes por onde passou como jogador. Agora cabe ao jovem treinador renovar o ânimo do elenco nessa reta final de campeonato onde o Vitória precisa chegar aos 45 pontos para permanecer na Série B em 2021.
Os sete treinadores na gestão Paulo Carneiro em números:
- Claudio Tencati: Em 4 jogos: 1 vitória e 3 derrotas – 25% de aproveitamento*
- Osmar Loss: Em 10 jogos: 2 vitórias, 2 empates e 6 derrotas – 26% de aproveitamento
- Carlos Amadeu: Em nove jogos: 3 vitórias, 4 empates e 2 derrotas – 48%de aproveitamento
- Geninho: 25 jogos: 9 vitórias, 12 empates e 4 derrotas – 50,6% de aproveitamento
- Bruno Pivetti: Em 19 jogos: 4 vitórias, 9 empates e 6 derrotas – 36,8% de aproveitamento
- Eduardo Barroca: Em nove jogos: 1 vitória, 4 empates e 3 derrotas – 29% de aproveitamento
- Mazola Júnior: Em quatro jogos: 1 vitória e 3 derrotas – 25% de aproveitamento
*Contabilizadas somente as partidas no mandato do presidente Paulo Carneiro.
