Não tem outra palavra: vexame. O Vitória continua sem pontuar na Série C. Em três jogos, são três derrotas contra Remo, Floresta (CE) e Ypiranga (RS). Para um clube com a história e a torcida que tem, o Vitória está nos seus piores dias.
Lembro como hoje, quando a torcida rubro-negra invadiu um CT em uma tarde de domingo lá em 2006, quando terminou o primeiro tempo contra o Ferroviário e o Leão perdia por 3 a 0 em pleno Barradão. Depois daquele episódio, o time reagiu, não venceu o jogo, mas conseguiu se reerguer aos poucos e subir para a Série B.
Longe de defender a violência da torcida, mas a revolta atualmente é justificável. O Vitória está descendo a ladeira no futebol nacional. Há quem diga que ainda é cedo, mas hoje, o time comandado pelo interino Carlos Amadeu está na zona de rebaixamento para a Série D. Impensável para muitos torcedores, a forma como time vem se comportando é digna de rebaixamento.
Totalmente desorganizado, jogadores entrando e saindo, mudança na comissão técnica, elenco desqualificado. O cenário é realmente desolador. Na partida deste domingo, o time veio com alterações desde a estreia do lateral-esquerdo Guilherme Lazaroni até o retorno de Jefferson Renan e o atacante Miller na frente. Nada que animasse o torcedor.
E o pior é que o mais terrível desta partida não foi o setor ofensivo. Foi na primeira linha o grande problema. A exceção de Lazaroni, Daniel Bolt, Mateus Moraes, Ewerton Páscoa (Rafael Ribeiro) fizeram um jogo lamentável. Sem tempo de bola, com furadas inacreditáveis e avenidas criadas para os atacantes gaúchos.
Na frente, Miller pouco apareceu no jogo, Jefferson Renan também não rendeu e Alisson Santos, apesar de segurar demais a bola e tomar decisões precipitadas, ainda foi o atleta que levou mais perigo. Hoje, é bem difícil pensar em qualquer mudança de trajetória em um momento tão crítico. Além do treinador, é preciso o encaixe imediato das peças para que o Rubro-Negro volte a pontuar. É isso ou lutar para não rebaixar para a Série D!
