Tudo que não podia acontecer, disse Galvão Bueno na Copa do Mundo de 2010. E ontem foi exatamente o que aconteceu com o Vitória, o que não podia ocorrer. Resultado frustrante, exibição decepcionante.
Tem dia que é noite. E ontem foi um desses dias. É difiícil, viu. Quando a gente mais espera do nosso time, ele vai e quebra a expectativa do torcedor, como se fosse um texto narrativo. É dose. E que “shot” amargo. Nossa.
Fomos encaixotados pelo Naútico, que deve ter feito uma das partidas mais seguras da sua história. Os jogadores rodavam a bola como se estivessem jogando contra um time sub-15 e defendiam sem nenhum desespero, até porque montaram a sua linha defensiva e o leão não conseguiu furar esse bloqueio.
Sem querer crucificar as peças, contudo torna-se evidente sempre que temos jogos como esse, a falta de qualidade técnica. Quando precisamos propor, travamos. Se o adversário estudar bem e tiver um time aplicado, com base em outras experiências, não vamos a lugar nenhum.
Será que faltou concentração? Não quero acreditar nisso. Como é que faz uma partida segura daquela contra o Fortaleza e ontem aquilo? Será que tem a ver com o que foi destacado acima, a forma de jogar dos adversários? Quem sabe? Só sei que é complicado entender.
E para piorar, pra mim, como a ponta do iceberb, vem a falta no final do jogo. Não era certo que Jamerson guardaria, no entanto era uma das poucas esperanças que tínhamos, uma vez que ele vem tendo um aproveitamento positivo nas cobranças. Aí quem pega a bola para bater é Ronald. Qual a lógica disso? Nessa hora, meu amigo, a raiva acumulada do jogo todo foi expulsa em questão de segundos. Sei não, viu, me faça uma garapa.
Como se não bastasse, tome chuva no final. Aquela que é só para molhar e tirar o resto de dignidade existente. Aquela que vai das arquibancadas até a chegada ao carro ou em outro meio de transporte.
É isso. Fim de papo na Copa do Brasil. Então, fim desse assunto também. Virar a chave e torcer para que esses jogadores não levem o desânimo, caso estejam sentindo algo, para o bavi, porque aí é outro sabor. A partir de agora, só há um foco e alguém vai ter que pagar esssa conta.
Avante, meu Leão
