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Carpegiani elogia atuação de Neilton e destaca melhora ao longo da partida

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Após a segunda vitória seguida no Manoel Barradas, agora diante do América-MG, por 1 a 0, o treinador Paulo Cézar Carpegiani concedeu sua tradicional entrevista coletiva pós-jogo, onde trouxe sua visão acerca da partida diante da equipe mineira. Inicialmente, falou sobre as mudanças de comportamento observadas durante o confronto.

“Devido à expulsão [no América-MG], ao colocar o segundo atacante, o André, mais presente na área, fazendo os dois centroavantes, e jogando o Neilton um pouco mais pro lado, não tivemos a produtividade. Tinha que ter um meia. Se resumiu à jogada do Neilton sem um apoio, sem ter uma triangulação do lado esquerdo. Tivemos dificuldade. Não tem muito o que falar do primeiro tempo. Estava um pouco irritado, sim, e transmiti isso aos jogadores”, analisou. Em seguida, o treinador passou a comentar a clara melhora na postura da equipe, após as alterações táticas que surtiram efeito, principalmente no segundo tempo. “Você tem que cansar o adversário, jogar pelos lados. Com os mesmos jogadores que nós tivemos, somente o Neilton passou ao ponta de lança, esse ponta de lança que ele jogou hoje, que eu quero realmente para o Vitória, para o meu time… A produção da equipe foi muito melhor. Passei o Léo Ceará para o lado esquerdo, esteve muito bem fazendo aquela função. Foi o diferencial do nosso jogo, fez o gol, bate muito bem. Senti que [o time] estava ofegante. Estava preparado para colocar o Bryan. Quando chamei, nós fizemos o gol. Eu mandei o Bryan segurar e fiz outra substituição [Lucas Fernandes]. Fiz essa outra substituição, porque queria dar mais velocidade. Lucas entrou muito bem também. O segundo tempo foi muito distinto do que foi o primero. Foi uma equipe muito firme, muito segura na parte ofensiva. Não deu chance ao adversário. E nós criamos as oportunidades com tranquilidade”, afirmou.

O técnico rubro-negro foi questionado sobre as substituições realizadas ainda na primeira parte, com as entradas de André Lima no lugar de Yago (aos 23′) e do argentino Marcelo Meli na vaga de Rodrigo Andrade (aos 34′). “O Yago sentiu. Mas eu ia fazer [a substituição]. Ele saiu pela lesão, um pouco precipitada, mas sentiu a parte posterior da coxa. Eu ia fazer ela, dali a pouquinho, essa mesma substituição. Mas ele sentiu antes, deu o alerta. Com relação à segunda, foi tática, porque eu precisava de mobilidade, movimentação, uma dinâmica que o Meli deu hoje. Até precipitado em alguns lances, tem que administrar melhor, já joguei nessa posição. Tem que ser o dono do jogo. Mas entrou muito bem. Me deu essa intensidade que a gente precisa. Gostei muito”, elogiou.

Carpegiani ainda comentou a opção por iniciar a partida com o jovem zagueiro Bruno Bispo atuando na lateral esquerda. “Escolhi porque, desde que cheguei aqui, sei que é uma equipe que sofre muitos gols. Havia a necessidade de ter uma certa segurança. Foi um risco. Quero, principalmente, um time que jogue, que essa bola saia redonda de trás. Esse problema que tenho, eu passei para a direção, e eles vão tentar resolver. É necessário. Tenho vários laterais, até voltando de lesão. Laterais são fundamentais no futebol, mas você precisa ter segurança. Daquilo que dispúnhamos, achei que nesse jogo, precisava prender um pouco mais e soltar o lado direito. O menino [Jeferson] tem pulmão, vai e vem, mas vai ter que aprender umas coisas, e eu acho que vou ter que ensinar, porque quero ter aquela jogada pelo flanco”, enfatizou.

Sobre Neilton, o treinador foi só elogios. Na opinião de Carpegiani, o camisa 10 fez a melhor partida sob seu comando. “Fez uma partida daquelas que eu gosto, que eu quero e que eu acho que tem que haver num time de futebol. Sair atrás do centroavante. Porque ele tem essa qualidade. Essa é a posição dele, e hoje ele fez o melhor jogo comigo no Vitória. Estou muito esperançoso. Infelizmente, não vai poder jogar no Maracanã. Tenho alguma dificuldade. Se tivesse o Lucas [Fernandes], já me solucionaria alguma coisa. Lucas de um lado, Erick do outro. Não tenho. Vou dar uma pensada, ver o que tenho no grupo. Não contrario nunca a característica dos meus jogadores”, pontuou.

Por fim, o destaque dado aos jogadores da base voltou a ser mencionado. “Tenho que estar consciente das dificuldades que o clube tem. Não trago jogador por trazer, não quero. Prefiro botar a base, e a responsabilidade é minha. O menino Barata [Lucas Ribeiro] fez uma partida excelente. Eu, particularmente, procuro ser justo, independente de ser da base. Sou obrigado a formar um time e fazer jogar. Enquanto não conseguir isso, não fico satisfeito. Hoje tenho uma garotada e tenho outros profissionais. Trato de ser justo com eles. Não é por ser menino. Se eu acho que tem que jogar, vai jogar. Sem receio, sem nada. É dada a chance, e eu sinto firmeza. Há uma base muito sólida e muito boa no Vitória, sempre se caracterizou por isso. Tenho que saber aproveitar no momento certo”, finalizou.

Ainda com a rodada em andamento, o Vitória ocupa a 12ª colocação na tabela, com 25 pontos. A equipe volta a campo na quinta-feira (6) para enfrentar o Fluminense, no Maracanã, às 19h. O jogo será válido pela 23ª rodada do Brasileirão 2018.


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