Início Colunas O Corneteiro Da lama ao sucesso: o primeiro turno fechado como líder

Da lama ao sucesso: o primeiro turno fechado como líder

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E foi-se a metade do campeonato, liderando aos trancos e barrancos e “campeões do primeiro turno”, assim como em 2012, sem o futebol melhor daquele ano. Mas quem de vocês, sincero e honestamente, acreditaria nessa reviravolta de 2015?

A tragédia que foi 2014 se estendeu em 2015 com derrotas e eliminações desconcertantes: o Baiano pelo poderoso Colo-Colo de Ilhéus e o Nordestão pela carroça quebrada do Ceará. Tivemos que aguentar várias piadinhas de torcedores rivais e jogadores, além de parte da imprensa parecer saborear aquele nosso delicado momento, como um urubu espera um defunto. Chegou o presidente Raimundo Viana, “velho” conhecido prometendo mudanças, mas naquela altura ninguém levava fé no coroa.

Chegamos a ficar um mês sem partida oficial, só esperando começar a Série B e visualizando o longo e árduo caminho que nos levariam de volta a Série A, um verdadeiro caminho da serpente (como aquele que Goku atravessou). E então a batalha se iniciou. Alguém lembra o time que entrou em campo no dia 9 de maio contra o Sampaio Correa, no Barradão? Pois bem, vou lembrá-los: Fernando Miguel; Luiz Gustavo (de lateral direito), Ednei, Maracás e Mansur; Amaral, Dakson, Escudero, Jorge Wágner e Vander; Élton. Time comandado por Claudinei Oliveira. Primeiro jogo e veio a primeira derrota, a mística do Barradão que vinha sendo questionada, nessa hora deixou de existir para alguns. Torcedores cobravam cada vez mais a tão almejada democracia no clube, o caminho agora era o inverso: a ladeira para a Série C.

Quanta diferença! Desses titulares, só Fernando Miguel, Escudero e Élton mantiveram a titularidade, sendo que o arqueiro está machucado. Alguns já foram embora, outros estão machucados e o restante foi amargar o banco (com um ou outro sendo escorado mesmo). O técnico também foi-se embora e ninguém sabe por onde anda. Chegaram laterais novos, uma nova dupla de zaga foi formada, técnico novo (e conhecido nosso), o meio campo quase todo mudado também e o que parecia uma crise infinita, hoje é só alegria. Já não se cobram mais democracia como antes (só alguns que ainda tentam), a mística do Barradas voltou revigorada, a liderança veio e o clímax foi a goleada em cima do rival de Itinga, com o Barradão em festa.

Quanta mudança depois de 18 jogos, depois de um turno. Agora, entraremos na segunda metade do caminho, mais 18 jogos para enfim voltarmos a Série A. E sem crise (ou panelinha), por favor.

 


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