Teve quem viu como um promissor gestor, houve ainda quem tinha certeza de que o clube iria conquistar voos maiores. Mas a real é que o que se viu na caricatura apresentada em 2018 foi uma constatação amarga e que não foi fácil de chegar: Ricardo David é mais do mesmo na história do Vitória. Está no ar a coluna Curtas com os bastidores no Vitória.
O toque do Ijexá – Algo de bom no reino do Barradão foi visto e escutado antes do desastre de Vitória x Atlético-PR. O clube anunciou uma parceria com o bloco afro Malê Debalê, que irá possibilitar o oferecimento de oficinas de arte para mais de 400 crianças e adolescentes do projeto Vitória Cidadania. Uma ilha de alegria na imensidão do mar de erros da gestão atual. Parabéns aos envolvidos. E as notícias boas acabam por aqui.
Trocou, mas nada mudou – Ricardo David explicou que a saída de Carpegiani foi para motivar o elenco, já que não havia integração do elenco com o antigo treinador. O presidente chegou a dizer que “fez sua parte”. No entanto, sob o comando de Burse, o time não venceu. Na primeira passagem, após a demissão de Mancini, um empate no Barradão com o Cruzeiro e uma goleada fora de casa contra o Grêmio. Agora, depois da saída de Paulo Cézar, dois empates (Bahia e Sport), além de uma derrota no Barradão para o Atlético/PR. Se a ideia era trocar para dar um gás final ao time, parece que não deu nada certo.
Números abaixo da crítica – Na reta final, hora que o time deveria embalar, o desempenho só piorou. Nos últimos 11 jogos o Vitória venceu apenas uma vez. Ainda perdeu para adversários diretos como Ceará e Botafogo, além de tropeçar com empates em partidas contra Paraná, Bahia e Sport. Assim parece que não quer se livrar do rebaixamento…
Triste realidade – A sensação que dá é que não tem mais salvação: o Vitória está fadado ao rebaixamento em 2018. Mesmo com um milagre improvável nos três jogos restantes da temporada, a vergonha e destroçamento de tudo o que foi apresentado neste ano fazem qualquer torcedor sair do sério. Se tá ruim para você, amigo internauta, imagine para nós, que vivemos e compartilhamos com textos e multimídia a paixão que é ser rubro-negro.
Rebaixamento moral – Ricardo David prometeu mover montanhas e garantir uma gestão profissional. Mas a sucessão de erros só nos fez questionar de onde vieram tantas palavras bonitas e singelas que venderam tal verdade. O time sem identidade e sem comando é o retrato de uma gestão que de nova só tem a lata.
Os donos de tudo – O cara que senta na cadeira da presidência do Vitória foi em rádio, deu entrevista, passou a maior pinta de que seria o responsável por tornar o clube um suprassumo de gestão e efetividade. Ele só não contava que seria refém daqueles que ele deveria dar ordens: os jogadores. E agora, Ricardo David? E agora, Francisco Sales? Sabe quem que tomou conta do Vitória nessa saideira de 2018? A resposta está no campo. Responsáveis diretos pelo fracasso, os atletas que vão definir se 2018 termina com sobrevivência ou pesadelo.
Promessas vazias – Em sua campanha, Ricardo David encheu a boca para fazer inúmeras promessas que, quase um ano após sua eleição, estão longe de se tornarem realidade. Gestão profissional? Não vimos. Inovação e integração? Não vimos. Reforma do Barradão? Não vimos. Fortalecer os esportes olímpicos? Não vimos. Internacionalização da marca? Não vimos. Recuperação da média de público do Barradão? Não vimos. Mais participação de sócios e torcedores na vida do clube? Não vimos.
Planejamento? – O tão prometido “choque de grupo” não surtiu efeito e ainda veio tarde. Após um primeiro semestre decepcionante (perdeu o Baiano para o rival e foi eliminado da Copa do Nordeste para o rebaixado à Série C Sampaio Corrêa), chegaram as prometidas contratações estrangeiras. Pura ilusão: dos três reforços argentinos (Benítez, Meli e Bou), NENHUM é titular absoluto. Atrasado e errado!
Cadê Bou? – Após o “chapéu” no rival, Walter Bou chegou com status de goleador e matador. Em 8 jogos, “matou” o torcedor de raiva. Como resultado, nem relacionado vem sendo. Quem foi que observou e aprovou?
Pra quê departamento de análise e desempenho? – Experiente, Arouca foi contratado graças ao olhar do Presidente, que garantiu que o jogador chegou com sua confiança e sem avaliação do setor de análise e desempenho. A culpa é de quem?
Podem pegar a pista – Elias, Lucas, Jeferson, Fabiano, Bryan, Juninho, Aderllan, Ramon, Ruan Renato, Walisson Maia, Willian Farias, Arouca, Filipe Souto, Yago, Guilherme Costa, Neílton, Meli, Wallyson, André Lima, Erick, Lucas Fernandes, Maurício, Bou e Júnior Toddynnho. Não vão fazer falta. A porta da rua Artêmio Castro Valente é a serventia do Barradão.
A coluna Curtas é uma produção conjunta entre os membros da redação do Arena Rubro-Negra. Questionamentos ou sugestões de pautas podem ser encaminhadas para o endereço contato@arenarubronegra.com