No caldeirão do Barradão, o que mais ferve nos últimos tempos é a política.
Mas calma, esse texto não é uma extensão da campanha político-partidária que acabou no último domingo.
Embora precisamos falar desses candidatos que usam a imagem e até o banco de dados dos sócios SMV para pedir votos.
Pelo menos o tal candidato, que era apoiado por grupos de torcedores organizados, obteve a resposta que merecia nas urnas: a derrota.
Mas vamos voltar ao caldeirão rubro-negro, onde o principal ingrediente é a reforma estatuária, tão em falta quanto feijão em época de seca.
Vocês lembra, né? Não houve consenso entre as partes e as três propostas apresentadas foram recusadas. O pior é que a diferença entre todas era mínima, coisa de três ou quatro artigos.
Sendo assim, caminhamos para mais uma eleição indireta em dezembro. E visando isso, os três grupos já se organizam para montarem suas chapas.
Serão elas:
– A dos que estão no comando e querem continuar;
– A dos que divergiram, se afastaram, mas querem ficar;
– E a dos que saíram e querem voltar + os que brigam pra entrar.
Os nomes, vocês já sabem, são os mesmos de sempre, somando uns e outros que vão surgindo e ajudando a transbordar o grande caldeirão rubro-negro.
Transbordou tanto que chegou na arquibancada. Os grupos organizados Vitória Popular e Brigada Marighella já ocupam o cimento e se colocam como a resistência à elitização e à padronização europeia do futebol, o chamado “futebol moderno”.
Os dois levantam bandeiras para a democratização do Vitória, o voto direto e o fim da elitização do clube, mas também querem iniciar uma transformação política na própria arquibancada, unindo o tradicional comportamento do torcedor ao respeito pelas minorias, às liberdades individuais e contra a criminalização das organizadas.
Pelo visto o ano do impeachment e das eleições municipais ainda reserva muitas surpresas para quem é torcedor do Vitória. Pelo menos já ganhamos um título nele. (ba dum tss)
