Início Colunas O Corneteiro E aí, vamos para o Barradão?

E aí, vamos para o Barradão?

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“Tanto tempo longe de você, quero ao menos lhe falar. A distância não vai impedir, meu amor de lhe encontrar”. Esses versinhos poderiam muito bem ser destinados para alguma namoradinha, mas não: são a representação para um amor maior, meu Barradas. Nosso Barradão.

Sim, depois de tanto tempo longe, curtindo a casa de veraneio, voltaremos ao nosso santuário. Você pode até dizer que não faz tanto tempo assim, mas a sensação é de que se passaram meses sem o Barradão abrir seus portões para receber seus fiéis amantes.

O time vem embalado, principalmente depois de ganhar o clássico e colar no líder, logo a torcida irá apoiar! Mas, adivinhe, já começaram as “desculpas” para não comparecer ao Barradão no próximo sábado (10). E são de monte: desde as velhas conhecidas até as novíssimas. O acesso é ruim, vai engarrafar tudo, não vai ter ônibus e a melhor (e nova): “poxa, logo no feriadão que planejei viajar?”. Se fosse lá no estádio de Nazaré, será que haveria essa desculpinha?

Lembro que falei das desculpas em outro texto, e tudo bateu certo, se bem que a questão da violência superou o que eu imaginava (infelizmente foi maior), portanto, no estádio do centro da cidade nada é melhor que o de cá na periferia. Além da questão da estrutura que, em muitos momentos, a tecnologia atrapalhou mais do que ajudou.

Mas graças a tudo que é sagrado e divino, voltaremos a um estádio de verdade, que vai contra a “modernização/goumertização” do futebol, da maneira de torcer. Iremos entrar passar pela revista da PM, cantando e vibrando entre os ferros que mais lembram currais, dar o ingresso ao carinha (ou a menina), ou passar o cartão SMV, entrar com o pé direito se benzendo e beijando o escudo, descer as longas escadas, passear pela pista, subir o passeio e descer as arquibancadas de concreto procurando o seu lugar preferido, seja na quina do escanteio ou atrás do gol. Vai xingar, vai reclamar, vai concordar, discordar, comemorar com pessoas aleatórias, discutir com elas. Compre sua cerveja no bar (que, pra mim, melhor que aquela que vende no estádio do Dique), enfrente a fila pra pegar a cerveja. Desfrute do novo placar.

Aproveite e leve seu filho e/ou filha para conhecer um estádio de verdade. Compre o sorvete de 5 reais pra eles, compre a pipoca. Leve a bandeira, a camisa, ensine-os a beijar o escudo, mostre a eles como fazer as juras de amor ao time, cante junto com eles os hinos antes do jogo e principalmente, o hino do Vitória. Vibre com eles a cada lance de perigo do nosso time e gritem, gritem até ficarem rouco a cada gol.

Mais do que nunca precisamos do Barradão e o Barradão precisa de você. Não procure mais desculpas e vá apoiar esse time. Ir para a Arena Fonte Nova é muito cômodo, é muita modernidade, “estádio-selfie”. Ir ao Barradão é voltar para as raízes, é amor, é fidelidade.

VÁ AO BARRADÃO!


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