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É assim que estamos prontos para uma democracia eleitoral dentro do Vitória?

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Uma campanha eleitoral por si própria é feita de desafios, confrontos, debates e até mesmo brigas. Uma campanha eleitoral é desgastante, irritante, mas também proporciona a quem vive momentos únicos e que jamais serão esquecidos. Essas são algumas características de uma campanha política popular, que acontece de dois em dois anos na nossa rua.

Há mais ou menos um mês deu-se início a campanha eleitoral dentro do Esporte Clube Vitória. De modo pessoal, posso falar que fui chamado por algumas chapas para poder demonstrar apoio e até estou com o pensamento de votar em uma delas neste momento, já que tenho o direito de escolha assim como você, sócio de 18 meses, que tira todo mês uma parcela de seu soado salário para doar a um clube que você tem tanto carinho e admiração.

Mas essas eleições no Vitória mostram que realmente não estamos preparados para uma democracia dentro do clube, até pelo motivo de não sabermos o contexto desta palavra fora dele. Não precisa nem acompanhar muito, bastam cinco minutos nas redes sociais que vemos um verdadeiro ringue entre os apoiadores das chapas. É um tal de minha chapa é a favor disso, é contra isso, é revolucionária, a sua chapa é retrocesso, é meramente política… Enfim! Tomara que isso tenha realmente um fim.

Passando por alguns grupos de Facebook nos últimos dias pude perceber que o pleito que vai determinar o novo presidente do rubro-negro difere totalmente de uma eleição política que estamos costumados a ver em períodos eleitorais. Invés de palanques, ringues. No lugar de promessas e propostas, ataques sem medidas a quem está ao lado. Invés de debates, ataques. O torcedor do Vitória e aqueles que estão à frente das chapas demonstram que não estão prontos para ouvir, aceitar, concordar e aprender com ideias e sugestões de outros. Aliás, o que pouco se encontra neste momento é debate.

A democracia é algo necessário dentro de um clube tão grande e que um valor incomparável no Norte-Nordeste do nosso Brasil. Mas acredito, e digo por opinião própria, que nós, torcedores de arquibancada precisamos reciclar as nossas ideias e entender que nada disso combina com democracia, principalmente se fomos comparar o atual estado de calamidade política que nosso país vive com tantas repressões e manifestações.

Que no dia 11 de dezembro você possa ter passado por um debate inteligente e ter votado em uma chapa que realmente abrace um Vitória melhor para o seu torcedor. Pois, outra como esta, se é que realmente poderemos passar, só daqui a três anos. E, como é de costume na política partidária por alguns, que o arrependimento não apareça com o sumiço ou não de candidatos que prometeram mundos e fundos para sentar no poder.


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