“Ah, é Escudero! Ah, é Escudero!” Qual torcedor rubro-negro ainda não gritou o nome do argentino que cada vez mais escreve seu nome na história do Esporte Clube Vitória? De 10, 11 torcedores do clube afirmam que o meia é fundamental para o time. Neste sábado (21), o atleta alcança mais uma marca histórica com a camisa leonina: 100 jogos. O Arena Rubro-Negra não podia ficar de fora desta comemoração e entrevistou o ídolo da torcida com exclusividade. Os assuntos? Todos os possíveis: renovação, carinho da torcida, contusões, acesso e outras curiosidades! Confere aí!
Arena Rubro-Negra – Escudero, você conquistou muito facilmente a confiança do torcedor rubro-negro com bom futebol dentro de campo. Você ficou surpreso com essa gratidão dos leoninos?
Escudero – Digamos que foi uma surpresa muito boa. Foi uma conquista com muito suor em três temporadas. Vivi e estou vivendo grandes momentos com a camisa do Vitória. Lógico que quando eu entro em campo com essa confiança da torcida, me sinto ainda mais a vontade para jogar.
ARN – Qual o balanço que você faz desses 100 jogos que tem com a camisa do Vitória. O saldo foi bem mais positivo do que negativo, não é?
E11 – Muito mais positivo. Logo quando cheguei consegui ser campeão baiano, fazer gol na reinauguração da Fonte Nova, onde tivemos duas goleadas históricas sobre o Bahia naquele estadual. Ali começou minha relação de muito respeito com o Vitória, algo que trago até hoje. É um clube também que me proporcionou o prazer de conhecer Salvador. Aqui minha família está totalmente adaptada. Espero que a gente consiga vencer a Luverdense e fazer uma bela festa do acesso na Fonte Nova para coroar bem essa marca de 100 jogos.
ARN – Em 2013 a quase Libertadores, mas em 2014 o rebaixamento. Apesar da queda de produção de todo elenco nesses dois anos você continuou sendo bem visto. Isso foi fundamental na sua permanência em 2015?
E11 – Tive um 2014 complicado por causa da lesão no joelho. Fiquei de fora por seis meses e voltei já na reta final do Brasileiro. Mesmo longe das condições que me encontro hoje, fiz de tudo para ajudar o Vitória evitar o rebaixamento. Mesmo com a queda não pensei em deixar o clube, até pelo fato de ter contrato até o final desse ano. Bem visto ou não, tinha por obrigação pensar em devolver o Vitória a Série A.
ARN – O torcedor espera que o seu contrato seja renovado para o ano de 2016 e que o seu número de jogos com camisa do Vitória só aumentem. Já existem conversas para esta renovação? O que pode ser levado em conta para que você fique aqui em Salvador?
E11 – As duas partes só pensam em colocar o Vitória na Série A. Não houve nenhuma conversa sobre renovação. Após o desfecho do campeonato estarei a disposição do Vitória para conversar. Tenho desejo de ficar.
ARN – Durante o ano, especulações anunciavam o interesse do Bahia na sua contratação. Como você vê o rival neste momento? Você jogaria mais uma vez ao lado de Maxi Biancucchi, que é seu amigo, mas dessa vez pelo tricolor?
E11 – Nunca houve conversa sobre minha saída do Vitória e deixei bem claro isso quando surgiu essa especulação sem fundamento. Estou focado no Vitória e não tenho por que comentar sobre o Bahia. Sim, Maxi é meu amigo desde a época que jogamos juntos no Vitória, mas é hora de falar no presente, que é conquistar o acesso à Série A.
ARN – Você é dado como ídolo, e o Vitória tem certa tradição de bons jogadores estrangeiros, a exemplo de Petkovic, Rick, Aristizabal e Viáfara. Você se enxerga como ídolo da torcida? Nos clubes por qual já passou, já pensou em ter tanta “moral” assim?
E11 – É uma honra hoje ter esse carinho imenso da torcida do Vitória. É muito especial sentir isso no Barradão ou por qualquer local da cidade que eu frequente. Me sinto um representante importante do Vitória dentro de campo e fora também. Quando cheguei não pensei que essa relação com o clube fosse ficar tão forte. Mas ainda bem que ficou (risos)… Fora o Velez Sarsfield, onde comecei e sou torcedor desde criança, o Vitória realmente é o clube que eu mais tive identificação na minha carreira.
ARN – Escumito, Escudeus, Deus da 11… Esses são alguns dos apelidos que os torcedores te deram durante esses 100 jogos. O que você acha disso? O Vitória é o clube que melhor te acolheu nesses anos de carreira?
E11 – O torcedor é um barato, como se diz aqui no Brasil. São apelidos muito criativos e gosto de todos deles. O torcedor é a alma do futebol. O acolhimento no Vitória foi sensacional desde os funcionários, diretoria e torcida.
ARN – Por falar nisso, você já atuou na Argentina, na Espanha e no Brasil. Quais são os prós e contras de jogar em cada país?
E11 – Cada país tem a sua cultura futebolística. Na Argentina, como todos sabem, é um futebol que mistura técnica com muita vontade. Na Espanha tive a oportunidade de evoluir muito taticamente, pela filosofia de jogo ofensivo. Aqui no Brasil o futebol é bem corrido, com jogadores técnicos. Não citaria ‘contras’ de jogar nesses três países. Todos são campeões do mundo.
PING PONG COM ESCUDERO
- Barradão ou Arena Fonte Nova?
- Barradão é nossa casa e a Fonte também é nossa
- Argentina ou Brasil?
- Amo a Argentina e adoro o Brasil
- Prefere fazer gol ou dar assistências?
- Prefiro ganhar
- Bahia, Minas Gerais ou Porto Alegre?
- A Bahia está na pole position nesse grid
- BaxVi para você é…?
- Uma grande festa da Bahia
- A torcida do Vitória para você é…?
- Especial
- O que espera de 2016?
- Continuar feliz no lado pessoal e profissional