O Vitória divulgou na noite da última segunda-feira (29), a lista de sócios do clube. Dentre os 7.797 nomes, chamou atenção a presença de doze títulos de associados da empresa Tintas Iquine, todos com 33 meses de associação.
A Iquine é uma antiga parceira do clube. Ela foi responsável pela pintura das arquibancadas e outras dependências do Vitória. Um dos executivos da empresa é o conselheiro Pedro Amâncio.
Amâncio concedeu entrevista à rádio Itapoan e explicou a situação. “Sempre procurei ser homem sério, sou rubro-negro. Tenho contrato de fornecimento de tinta ao Vitória há 25 anos, desde quando fui diretor da Coral. Depois assinei com a Iquine e continuei fornecendo, através de um contrato registrado em cartório. Além do valor pago anual, temos direito a 12 cadeiras cativas, está tudo em contrato. Nem sabia que nosso nome estava em lista de sócios do clube. Nós fornecemos essas carteiras para pessoas da Iquine, da fábrica, em Recife, para assistir jogos quando vêm aqui. Não tem nada demais. As pessoas da empresa, de Recife, de Aracaju, do Alagoas, São Paulo, quando vêm a Salvador utilizam essas carteiras. A Iquine não tem nada a ver com Sou Mais Vitória”, disse.
O contrato entre o Vitória e a Iquine é no valor de 100 mil reais e os 12 SMV Ouro são uma das contrapartidas. O vínculo vai até maio de 2016, mas de acordo com Amâncio, não será renovado.
“Nosso contrato termina em maio de 2016 e a eleição é em dezembro, para você ver que não tem nada a ver com disputa eleitoral no Vitória. Eu ia renovar esse contrato por mais dois anos e não vou mais renovar. Mas, vou votar, pois sou conselheiro e sócio. Fiquei muito triste com isso tudo, pois sou um homem sério”, revelou o executivo.
Membro do Conselho Fiscal, Pedro Amâncio afirmou que deixará o clube em dezembro e pediu um posicionamento da diretoria rubro-negra.
“Acho que o Vitória deve se explicar também, e já falei com o Raimundo (Viana, presidente). Sou um torcedor do Vitória e jamais tiraria proveito do meu clube. Gostaria mesmo que o meu amigo Raimundo Viana e Manoel Matos se explicassem sobre essa publicação. Por causa disso tudo, tomei a decisão agora de em dezembro de 2016 deixar o Vitória definitivamente e jamais assumir qualquer cargo de diretor no clube. Vou continuar torcedor, pois sou rubro-negro de verdade e ajudarei como puder, mas lá dentro não assumo mais cargo nenhum”, finalizou.
O Vitória foi procurado para dar explicações sobre o caso, mas por meio da assessoria de comunicação, afirmou que não dará qualquer tipo de declaração sobre o caso.