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Fábio Costa… o goleiro que foi ás vias de fato

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Dentre os goleiros que marcaram época no Vitória, Fábio Costa integra facilmente o quadro. Até os dias atuais disputa entre a torcida noventista o título de melhor goleiro rubro-negro da década com Dida, goleiro do qual admitiu ser fã. Assim como Dida, Fábio é uma prata da casa do Vitória e ganhou o respeito dos torcedores principalmente na campanha do Brasileirão de 1999, quando em seu centenário o decano ficou em 3° colocado na tabela geral do campeonato.

 Fábio Costa nasceu na cidade de Camaçari-BA no dia 27 de novembro de 1977. Ainda adolescente deu seus primeiros passos no futebol ao integrar a base do Bahia. Porém, o mundo dá voltas. Teve breves passagens nas categorias de base do Cruzeiro e também do PSV Eindhoven-HOL até chegar no Vitória em meados de 1993. Destacou-se como goleiro juvenil na época em que a base rubro-negra era administrada por Newton Motta, chegando a ser o quarto goleiro no ano da campanha de 1993, tendo a sua frente os mais experientes Ronaldo e Borges.

Pelos juvenis do Vitória em 1993. (Créditos: Blog do Newton Motta)

 Daí ao estrelato. Em 1996 foi revelado para o futebol profissional. Mas demorou alguns anos para assumir a titularidade. Foi precisamente em 1999, ano do centenário do Vitória que Fábio estrelou de baixo das traves. Na primeira disputa de final, o Campeonato Baiano, o título ficou indefinido, sem jogo decisivo entre Bahia e Vitória no domingo, que seria no Barradão. Contudo, na quarta seguinte, fechou o gol no BaVi da primeira final do Nordestão. Fora da sua área, 2 a 0 Vitória. E no jogo da volta na Fonte Nova, o rival abriu o placar, mas parou por ali. Com prodigiosas defesas, o camisa 1 garantiu o título do Nordestão e declarou a torcida: “Tá aí o título do centenário, o baiano não depende mais da gente e sim da diretoria. Mas no que depender, tá aí o título pra torcida.”.

 No segundo semestre daquele ano, o quíper leonino brilhou. Na 11° partida do Vitória pelo Brasileirão daquele ano, contra o Atlético-MG, o Leão da Barra não tomou conhecimento do adversário e abriu o placar de 2 a 0 no Independência logo no primeiro tempo. Na defesa, um pênalti dado ao Galo. Mas a cobrança de Guilherme parou na defesa de Fábio Costa. Mais tarde, outra penalidade. Dessa vez o meia Lincoln marcou e com pressa, foi apanhar a bola no mesmo momento em que o goleiro rubro-negro foi fazer o mesmo. O meia atleticano deu uma empurrão em Fábio que reagiu com um soco na barriga de outro atleta. Já o meia rubro-negro Otacílio tomou as dores do colega de equipe e socou Lincoln. Foi o bastante para o clima esquentar e o árbitro Leonardo Gaciba expulsar os dois meias de ambas as equipes. Ao apito final, triunfo baiano em Minas e revolta do zagueiro argentino Galván, que partiu pra cima de Fábio Costa assim como outros jogadores atleticanos. Fábio não fugiu da briga, mas perseguido pelos adversários, teve que sair de campo escoltado pela polícia. Sobre o ocorrido, Fábio comentou na revista Placar: “Naquela noite, eu tinha duas opções: ou me defendia ou apanhava. Escolhi a primeira opção e deu no que deu.”, por essa confusão o TJD o puniu com 30 dias fora dos gramados, o que ocasionou cinco jogos sem a titularidade.

Fábio Costa formando o elenco campeão do Nordestão, no jogo de ida, no Barradão. (Créditos: Placar)

Ainda pelo Brasileirão, na fase das quartas-de-finais foi só o bom futebol. No Barradão, com uma defesa sua de pênalti garantiu que o Vasco não empatasse um placar que ficou cravado em 5 a 4. Nas partidas seguintes em São Januário – 2 a 2 e 1 a 1 – mais defesas, inclusive de pênalti, que garantiram ao Vitória a vaga nas semifinais. A sorte fora de casa contra o Atlético-MG não fora a mesma da fase anterior, desta vez o Galo aplicou um 3 a 0 no Vitória e no Barradão, o placar foi favorável ao Leão por 2 a 1, o que garantiu mais uma partida. Porém, com outro 3 a 0, foi a vez do Atlético se classificar. 

Fábio Costa formando o elenco campeão do Nordestão, no jogo de ida, no Barradão. (Créditos: Placar)


 Ainda chegou a jogar pelo Vitória na Seletiva para a Libertadores em 1999 e também pela Copa do Nordeste de 2000, na qual se classificou com o Leão pra final. Um dia após a semifinal contra o Sergipe, foi anunciada a sua contratação pelo Santos pelo valor de R$ 1,5 milhão.


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