Um profissional experiente e com história no esporte é o professor Alexandre Dortas. Com passagens no Vitória na década de 90 (durante oito anos) e também em 2017, retornou ao rubro-negro esse ano e é o responsável pelo setor de fisiologia do clube. Soteropolitano, Dortas é formado em Educação Física pela UCSAL e Pós graduado em Fisiologia do Exercício e em Treinamento Desportivo de Alto Rendimento na Universidade Gama Filho. No futebol, trabalhou no Bahia por quatro anos, no Fluminense de Feira e Miami FC. No UFC, atuou com os lutadores Júnior Cigano e Júnior Cara de Sapato. Ao Arena Rubro-Negra, Dortas falou como é a sua rotina de trabalho na Toca do Leão.
“A rotina começa logo de manhã cedo. Quando chego no clube, a gente verifica se os atletas chegam com motivo de queixa. Já tem o relatório no dia anterior. Verifica o comportamento dos atletas durante o café da manhã, se todos estão se alimentando direito. Isso em parceria com a nutricionista Drª Carina Medeiros. Também acompanhamos toda a revisão médica, para ficarmos cientes do que está acontecendo e sabermos quais as ações preventivas que vão ser feitas”, explicou
A fisiologia do esporte faz o estudo das estruturas e funções do corpo, que geralmente são alteradas em virtude dos episódios crônicos e agudos do exercício físico. Alexandre Dortas detalha como é o trabalho dele em conjunto com os outros departamentos do clube e explica a função do fisiologista.
“Nossa equipe é formada além de mim da fisiologia, temos o fisiologista Rafael Daltro que trabalha diretamente comigo e auxilia nas condições com a base e no profissional e ajuda também nos trabalhos especiais com os atletas. A equipe de fisioterapia (Dr° Clicio Alves, Michel Souza, Dilson Conceição e Marcos Alexandre), que atua no tratamento desses atletas. A fisiologia é também muito ligada na fisioterapia, que ajuda na prevenção de lesões. A fisiologia também faz um interface entre a transição dos atletas, que quando saem da fisioterapia e passa para o nosso preparador físico Rodrigo Santana, que executa o processo de transição até entregar ao preparador físico Ednison Sena. Tudo isso é controlado e comandado pelo diretor médico Dr° José Olímpio e toda a equipe médica (Dr° Wilson Vasconcelos, Luis Felipe Fernandes, Marcelo Côrtes, Rodrigo Vasco da Gama e Drª Nathália Figueiredo). É uma equipe interdisciplinar que atua em conjunto. A função do fisiologista é fazer o interface entre esses profissionais gerando as informações necessárias para as condutas “, detalhou.
O mundo segue em atenção devido a pandemia do novo coronavírus. Na Bahia, são 176 casos confirmados do Covid-19, com dois óbitos. Alexandre Dortas é a favor da paralisação no futebol e diz que a saúde de todas as pessoas é a prioridade no momento. Ele revela que as recomendações para os atletas foram passadas através de vídeos e interações no grupo da comissão técnica.
“Essa parada agora que tem objetivo de conter o avanço da contaminação do coronavírus não tem nem o que se discutir. É uma questão de saúde pública. A gente tem de camarote visto o que está acontecendo nos outros países. A gente está tendo oportunidade diante das experiências de outros e outros países a gente poder tomar atitudes mais rápidas, é o que está sendo feito. É necessário. Não tem como ser diferente, pra que preserve a saúde das pessoas e dos atletas e que a gente consiga conter avanço”, disse
“Obviamente a parada vai trazer prejuízo a performance dos atleta, mas nós aqui no Vitória já estamos tomando todas as providências no sentido de manter os atletas ativos. Sempre pensando na segurança deles, orientando e fazendo uma triagem para saber em que cidade dos atletas vão e se tem ou não a incidência do coronavírus. Num processo de avanço isso pode acontecer. Estamos orientando a eles aonde executar atividades físicas Estou mandando material audiovisual para que eles possam seguir as orientações pra ser feito de forma contínua. A gente não tem ideia de quanto tempo isso vai durar e espero que seja rápido para que a gente possa se livrar desse problema que está assolando toda a humanidade”, opinou.