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VIT 1 X 0 PAY: Vitória sofrida e o 3-3-4 de João Burse

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A nação rubro-negra, mais uma vez, deu um show de apoio e incentivo ao Leão na tarde deste domingo (21), o primeiro da disputa do quadrangular de acesso a Série B 2023. E, posso dizer que, como a vitória se desenhou, seus contornos dramáticos só dão mais esperança de que o Rubro-Negro, enfim, encontrou o caminho dos três pontos.

Analisando com frieza a partida do Leão, obviamente, não foi um bom jogo, em especial do setor ofensivo. Diferente do recente aumento de gols do trio de ataque com Rafinha, Luidy e Tréllez, desta vez, a equipe não teve uma boa atuação do meio pra frente durante os 90 minutos, mesmo com o Papão perdendo um jogador por expulsão logo aos oito minutos do primeiro tempo.

O Vitória não conseguiu criar sobre a forte barreira das duas linhas de quatro dos paraenses. Apesar dos lançamentos de Eduardo, que tentava quebrar a marcação rodando a bola ou tentando em profundidade, o Leão não demonstrou alternativas eficientes durante toda a partida. A ausência de um driblador no 1×1, por exemplo, foi sentida, e o Vitória teve de tentar mais frequentemente o “chuveirinho” na área para um Tréllez em má atuação.

Enquanto isso, o Paysandu tinha seus momentos de perigo em jogadas paradas, com em faltas, escanteios e laterais para a área. Era evidente a qualidade de alguns atletas de meio de campo que, prejudicados pela falta de um jogador, tiveram que se preocupar mais com a marcação do que com o ataque. A impressão que deu é que o Rubro-Negro teria graves problemas se o jogo estivesse no 11 contra 11.

Na virada do primeiro para o segundo tempo, o técnico João Burse tentou dar uma ajustada na equipe, especialmente no meio de campo. A saída de Léo Gomes para a entrada de Zé Vitor tentou dar mais qualidade na transição, ainda mais pelo cartão amarelo tomado por Léo. Com os erros persistindo, o time foi ficando cada vez mais nervoso. Em um segundo momento e perdendo o meio de campo mesmo com um a mais, Burse substituiu de forma ousada ao colocar Dinei no lugar de Eduardo e Gabriel Honório no lugar de Luidy. Foi quando o Vitória começou a jogar no 3-3-4.

O 3-3-4

Neste formato, o Vitória passou a jogar, quando estava com a bola, com Marco Antônio, Alan Santos e Sanchez; Zé Vitor, Dionísio e Gabriel Honório; Alemão, Rafinha, Dinei e Tréllez (Rodrigão) na frente. Isso mesmo que você leu. Alemão, que fez bela partida, atuou praticamente como um ponta direita no final do jogo na tentativa de que o Leão fizesse o gol salvador.

Por um lado, deu muito certo a estratégia do invicto Burse. É só ver a jogada do gol. Dionísio tenta o lançamento para Alemão, a bola sobra para Gabriel Honório que joga na área, onde estão Dinei e Rodrigão apertando os zagueiros paraenses. A bola chega em Rodrigão, que marca o gol salvador.

Mas, por outro lado, o Vitória continuou com imensa dificuldade para que a bola saísse com qualidade. Zé Vitor não fez boa partida, assim como Dionísio. Os zagueiros tinham muita dificuldade de encontrar atletas livres porque a equipe estava muito espaçada em campo e, muitas vezes, tiveram que forçar lançamentos pouco profícuos. Em um desses erros, o Paysandu teve a chance clara com Danrlei, salva pelo goleiro Dalton, que se mostra, a cada dia, uma peça chave e liderança no elenco rubro-negro.

Agora, torcedor, é segurar a emoção até a próxima partida decisiva. O jogo é fora contra o Figueirense, que perdeu o primeiro jogo. É jogar no erro do adversário, como o Leão tem mais facilidade de fazer.


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